ATA DA TRIGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 12-5-2004.
Aos doze dias do mês de maio de dois mil e quatro,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda
chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Cassiá Carpes,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Nereu D'Avila, Raul Carrion e Reginaldo
Pujol. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Almerindo Filho,
Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cláudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Gerson Almeida, Guilherme
Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Bosco Vaz, Pedro Américo Leal,
Renato Guimarães, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Wilton
Araújo. Constatada a existência de quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos
os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias da Ata da Décima
Quinta Sessão Ordinária que, juntamente com as Atas da Décima Quarta Sessão
Ordinária e da Décima Terceira e Décima Quarta Sessões Solenes, foi aprovada. À
MESA, foram encaminhados: pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o Pedido de
Informações nº 086/04 (Processo nº 2469/04); pelo Vereador Beto Moesch, os
Pedidos de Providências nos 891 e 894/04 (Processos nos 2503 e 2506/04,
respectivamente) e o Pedido de Informações nº 090/04 (Processo nº 2501/04);
pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, os Projetos de Lei do Legislativo nos 107
e 108/04 (Processos nos 2444 e 2445/04, respectivamente); pela Vereadora Clênia
Maranhão, o Pedido de Providências nº 878/04 (Processo nº 2379/04), o Pedido de
Informações nº 072/04 (Processo nº 2385/04) e o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 008/04 (Processo nº 2374/04); pelo Vereador Dr. Goulart,
juntamente com o Vereador João Bosco Vaz, os Projetos de Resolução nos 073, 074
e 075/04 (Processos nos 2457, 2458 e 2459/04, respectivamente); pelo Vereador
Elias Vidal, os Pedidos de Providências nos 885, 886, 887, 888 e 889/04
(Processos nos 2462, 2463, 2464, 2465 e 2466/04, respectivamente) e o Projeto
de Lei do Legislativo nº 105/04 (Processo nº 2313/04); pelo Vereador Haroldo de
Souza, o Pedido de Providências nº 890/04 (Processo nº 2476/04); pelo Vereador
João Antonio Dib, o Pedido de Informações nº 089/04 (Processo nº 2492/04); pelo
Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 895, 896, 897, 898,
899, 900, 901, 902, 903, 904, 905, 906, 907, 908, 909, 910, 911, 912, 913, 914,
915, 916, 917, 918, 921, 922, 923, 924, 925, 926, 927, 928, 929 e 930/04
(Processos nos 2509, 2510, 2511, 2512, 2514, 2516, 2519, 2520, 2521, 2522,
2523, 2524, 2525, 2526, 2527, 2528, 2529, 2530, 2531, 2532, 2534, 2537, 2539,
2543, 2545, 2546, 2547, 2549, 2550, 2551, 2553, 2555, 2557 e 2558/04,
respectivamente) e os Projetos de Lei do Legislativo nos 109 e 111/04
(Processos nos 2485 e 2502/04, respectivamente); pelo Vereador Raul Carrion, o
Projeto de Resolução nº 076/04 (Processo nº 2460/04); pelo Vereador Sebastião
Melo, os Pedidos de Providências nos 882 e 883/04 (Processos nos 2453 e
2455/04, respectivamente). Também, foram apregoados os seguintes Ofícios, do
Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre: de nos 201, 202, 203, 209 e 210, 214
e 215/04, encaminhando Veto Total, respectivamente aos Projetos de Lei do Legislativo
nos 298/03 (Processo nº 4277/03), 294/03 (Processo nº 4273/03), 289/03 (Processo
nº 4268/03), 180/01 (Processo nº 2688/01), 316/03 (Processo nº 4321/03), 270/03
(Processo nº 4248/03) e 276/03 (Processo nº 4255/03); de nº 213/04, em
aditamento ao Ofício nº 174/04, informando que, devido à necessidade de compatibilização
de horários de vôos internacionais, seu retorno da Espanha para Porto Alegre
aconteceu no dia dez de maio do corrente, às onze horas e trinta minutos. Do
EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 135, 176, 177, 178 e 179/04, do Senhor
Prefeito Municipal de Porto Alegre. Em continuidade, foi apregoado o Memorando
nº 147/04, firmado pela Vereadora Margarete Moraes, Presidenta da Câmara Municipal
de Porto Alegre, através do qual Sua Excelência informa que o Vereador Beto
Moesch se encontrará representando externamente este Legislativo no “I
Congresso Internacional Transdisciplinar Ambiente e Direito” e “VI Seminário de
Direito Ambiental”, do dia dezoito ao dia vinte e um de maio do corrente, na
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Na ocasião, a
Senhora Presidenta registrou a presença do Senhor Roberto Wilkens, Diretor
Financeiro do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre – HPS. Após, a Senhora
Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor João Paulo
Fagundes, Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto Socorro de
Porto Alegre, que debateu a situação enfrentada pela instituição, destacando a
carência de recursos humanos e a falta de equipamentos, entre outras
dificuldades sofridas pela entidade. Nesse sentido, discorreu a respeito do
movimento “SOS HPS”, salientando as condições precárias e os problemas
existentes para a realização da manutenção e para investimentos em novas
tecnologias para o HPS. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os
Vereadores Cláudio Sebenelo, João Antonio Dib, Elói Guimarães, Sebastião Melo,
Aldacir Oliboni, Reginaldo Pujol, Carlos Alberto Garcia, Clênia Maranhão e Dr.
Goulart manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Na
oportunidade, a Senhora Presidenta convidou o Vereador Sebastião Melo para que,
na condição de Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, recebesse
documentos trazidos pelo Senhor João Paulo Fagundes, a respeito da situação do
Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, relatada por Sua Senhoria em Tribuna
Popular. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo n° 007/04, discutido pelos Vereadores João
Antonio Dib e Maria Celeste, os Projetos de Lei do Legislativo nos 080 e
097/04, este discutido pelo Vereador João Antonio Dib; em 2ª Sessão, o Projeto
de Resolução n° 022/04, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo
n° 029/04, os Projetos de Lei do Legislativo nos 061, 087/04, este discutido
pelos Vereadores João Antonio Dib, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Maria
Celeste e Luiz Braz, 091, 095, 096, 098, 099, 100 e 101/04, o Projeto de Lei do
Executivo n° 012/04; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
445/03, 047, 058, 079 e 085/04. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Sebastião Melo
considerou autoritária a decisão do Governo Federal em relação ao jornalista
estadunidense Larry Rohter, declarando que o cancelamento do visto temporário
desse jornalista teve uma repercussão prejudicial ao Brasil. Também, questionou
a Prefeitura Municipal de Porto Alegre pela situação do sistema de saúde
vigente na Cidade, assegurando que o quadro apresentado pelo Governo Municipal
não corresponde à realidade. O Vereador Ervino Besson contestou a intenção do
Governo Federal de desvincular do valor do salário mínimo as aposentadorias,
justificando sua posição pelo fato de os aposentados serem merecedores de
vencimentos que lhes proporcionem uma vida mais digna. Ainda, realçou que o
Senado Federal deve reverter essa iniciativa, caso ela vá a votação, advertindo
que o Presidente da República pode desiludir a população brasileira se levar
esse plano adiante. O Vereador Carlos Alberto Garcia comentou a realização,
pela Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, do fórum “Geração
de Emprego e Renda”, salientando que o desemprego é, atualmente, uma das
maiores mazelas mundiais. Nesse sentido, citou várias entidades que se fizeram
presentes nesse fórum, reproduzindo as sugestões apresentadas para reverter o
quadro do desemprego em Porto Alegre e no Brasil. O Vereador João Carlos Nedel
protestou contra a demora na conclusão do Parque Industrial da Restinga e de
uma unidade para reciclagem de materiais plásticos naquela região, argumentando
que lá existe uma estrutura pronta que poderia facilmente gerar empregos.
Ainda, desaprovou a falta de políticas de incentivo ao turismo em Porto Alegre,
lamentando que o setor dependa, para seu desenvolvimento, de promoções por
parte da iniciativa privada. A Vereadora Clênia Maranhão discorreu acerca das
dificuldades da população de Porto Alegre no âmbito da saúde pública, afirmando
que as tentativas de diálogo por parte dos Parlamentares que não apóiam o
Governo Municipal não conseguem mudar as políticas adotadas nessa área. Também,
analisou a falta de um serviço público municipal que seja capaz de conceder
atestados de óbito, mencionando proposição de sua autoria, a qual dispunha
sobre o assunto, vetada pelo Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. O
Vereador Elói Guimarães repudiou o cancelamento do visto temporário do
jornalista Larry Rohter, alegando que as implicações políticas desse ato são
prejudiciais aos interesses do Brasil. Nesse sentido, criticou o Presidente da
República pelo que foi, segundo Sua Excelência, um equívoco político,
ressaltando que as declarações desse jornalista não foram graves a ponto de
justificar a decisão tomada pelo Governo Federal. O Vereador Reginaldo Pujol,
informando ter lido a tradução da reportagem publicada dia nove de maio do
corrente, pelo jornal norte-americano “The New York Times”, em que são feitas
afirmações desairosas à conduta do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
criticou o encaminhamento dado ao assunto pelo Governo Federal. Nesses sentido,
afirmou que o descredenciamento do jornalista Larry Rohter garantiu ao assunto
uma dimensão e divulgação além do teor da própria matéria. Na oportunidade, o
Vereador Renato Guimarães formulou Requerimento verbal, deferido pela Senhora
Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo,
em visita a famílias ocupantes de área na Rua Edgar Pires de Castro, que estão
enfrentando problemas em face do corte de energia elétrica efetuado no local
pela Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Raul Carrion comentou o novo valor do salário mínimo vigente no País e
registrou o repúdio do Partido Comunista do Brasil à reportagem sobre o
Presidente da República, escrita pelo jornalista Larry Rohter, do jornal “The
New York Times”. Ainda, classificando a matéria como ofensiva ao povo
brasileiro, apoiou posições a respeito, assumidas pelo Governo Federal,
declarando que o assunto representa um claro ataque à Soberania Nacional. O
Vereador Luiz Braz discorreu acerca de matéria sobre o Brasil, escrita pelo
jornalista Larry Rohter, no jornal “The New York Times”. Também, traçou
comparativo entre as promessas efetuadas pelo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva,
antes de sua posse como Presidente da República, e a realidade hoje encontrada
no País, contestando propaganda veiculada nos meios de comunicação, pelo
Partido dos Trabalhadores, relativa à situação econômica e social brasileira
nos últimos dois anos. O Vereador Gerson Almeida lamentou o pronunciamento hoje
efetuado pelo Vereador Luiz Braz, em Comunicação de Líder, analisando conceitos
como Democracia e Soberania Nacional e apresentando dados que atestam queda
crescente na confiança do público norte-americano na imprensa daquele país.
Finalizando, elogiou os esforços empreendidos pelo Governo Municipal na busca
da melhoria da qualidade dos serviços de saúde pública oferecidos à população.
A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Na
ocasião, o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, deferido pela
Senhora Presidenta, solicitando fosse encaminhado à apreciação da Comissão de
Constituição e Justiça, em nome da Mesa Diretora, o Requerimento nº 059/04.
Após, foi aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Carlos Pestana,
solicitando a suspensão dos trabalhos da presente Sessão. Às dezesseis horas e
quarenta minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados
às dezesseis horas e cinqüenta e quatro minutos, constatada a existência de
quórum. Na oportunidade, os Vereadores Carlos Pestana, Sebastião Melo e Isaac
Ainhorn manifestaram-se acerca da ordem de apreciação da matéria constante na
Ordem do Dia e o Vereador Carlos Pestana formulou Requerimento verbal, solicitando
alteração nessa ordem. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal de
autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando alteração na ordem de apreciação
da matéria constante na Ordem do Dia, por doze votos SIM, sete votos NÃO e uma
ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Carlos Pestana e
Sebastião Melo, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac Ainhorn,
tendo votado Sim os Vereadores Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Dr. Goulart,
Haroldo de Souza, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Wilton Araújo, Não
os Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Pestana, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa,
Helena Bonumá, Maria Celeste e Sofia Cavedon e tendo optado pela Abstenção o
Vereador Beto Moesch. Na ocasião, em face da aprovação desse Requerimento do
Vereador Sebastião Melo, a Senhora Presidenta declarou prejudicado o Requerimento
verbal apresentado pelo Vereador Carlos Pestana, relativo à ordem dos trabalhos.
Também, face Questão de Ordem formulada pelo Vereador Isaac Ainhorn, a Senhora
Presidenta prestou esclarecimentos acerca do número de Requerimentos formulados
hoje solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem
do Dia. Ainda, o Vereador Isaac Ainhorn formulou Requerimento verbal,
solicitando seja apreciado primeiramente o Requerimento de autoria do Vereador
Sebastião Melo, que propõe a alteração da ordem de apreciação da matéria
constante na Ordem do Dia, tendo o Vereador Pedro Américo Leal manifestado-se
sobre o assunto. A seguir, foi apregoada a Emenda nº 01, proposta pelo Vereador
João Antonio Dib e assinada pelo Vereador Beto Moesch, Líder da Bancada do PP,
ao Projeto de Lei do Legislativo nº 326/03 (Processo nº 4363/03). Às dezessete
horas e onze minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às dezessete horas e quinze minutos, constatada a existência de
quórum. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 025/04, por dezesseis votos SIM e uma ABSTENÇÃO, tendo votado
Sim os Vereadores Beto Moesch, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Pedro Américo Leal,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Wilton Araújo e optado pela Abstenção o Vereador
Guilherme Barbosa, votação esta declarada nula pela Senhora Presidenta, em face
de problemas técnicos observados no Sistema Eletrônico de Votações. Na
oportunidade, os Vereadores Luiz Braz e Isaac Ainhorn manifestaram-se acerca do
quórum obtido na votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 025/04. Às
dezessete horas e vinte minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às dezessete horas e vinte e oito minutos, constatada a
existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 025/04, por vinte e seis votos SIM, tendo
votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch, Carlos Pestana, Cassiá
Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Ervino Besson, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza,
Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Pedro Américo Leal,
Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Wilton Araújo. Em Discussão
Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
040/04, por vinte e cinco votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir
Oliboni, Beto Moesch, Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes,
Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, Helena Bonumá, Isaac
Ainhorn, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião
Melo e Wilton Araújo. Na ocasião, a Senhora Presidenta registrou a presença do
Vereador Francisco Pereira, do Partido Trabalhista Brasileiro do Município de
Cidreira – RS. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Resolução nº 018/04. Foi aprovado o Requerimento nº 091/04 (Processo nº 2572/04
- Autorização para representar externamente este Legislativo na solenidade de
posse da Diretoria da Fundação Maronna, a ser realizada no dia treze de maio do
corrente, na cidade de Alegrete - RS, com percepção de uma diária), de autoria
do Vereador Beto Moesch. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal de autoria
da Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, esteve o
Projeto de Lei do Legislativo nº 289/01, o qual, após ser discutido pelo
Vereador Isaac Ainhorn, teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento,
aprovado, de autoria do Vereador Isaac Ainhorn. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 045/04, por vinte e
cinco votos SIM, tendo votado os Vereadores Aldacir Oliboni, Beto Moesch,
Carlos Alberto Garcia, Carlos Pestana, Cassiá Carpes, Cláudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gerson
Almeida, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Antonio Dib,
João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria Celeste, Pedro
Américo Leal, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Wilton Araújo.
Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 258/03,
o qual teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de
autoria do Vereador Sebastião Melo. Em Discussão Geral e Votação, foram
aprovados os Projetos de Resolução nos 029, 035, 036, 046, 049 e 052/04. Na
oportunidade, o Vereador Renato Guimarães manifestou-se acerca da visita
realizada na tarde de hoje por Sua Excelência a famílias ocupantes de área da
Rua Edgar Pires de Castro, tendo o Vereador Sebastião Melo manifestado-se a
respeito do assunto. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de autoria do
Vereador João Antonio Dib, solicitando que a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 326/03 (Processo nº 4363/03), seja dispensada do envio à
apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, esteve o
Projeto de Lei do Legislativo nº 326/03, o qual recebeu dez votos SIM e um voto
NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Renato Guimarães, tendo votado
Sim os Vereadores Beto Moesch, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elias Vidal, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Pedro Américo
Leal e Sebastião Melo e Não o Vereador Guilherme Barbosa, votação esta
declarada nula pela Senhora Presidenta, face à inexistência de quórum
deliberativo. A seguir, o Vereador Dr. Goulart manifestou-se acerca da
possibilidade de demissão de funcionários aposentados que se encontram
exercendo atividades junto ao Grupo Hospitalar Conceição – GHC. Na ocasião, a
Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca das intervenções
anti-regimentais realizadas pelos Vereadores Renato Guimarães, Sebastião Melo e
Dr. Goulart realizadas anteriormente, na Ordem do Dia, em relação à ocupação de
área na Rua Edgar Pires de Castro e à possível demissão de funcionários do
Grupo Hospitalar Conceição. Às dezoito horas e dois minutos, constatada a
inexistência de quórum deliberativo, a Senhora Presidenta declarou encerrados
os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária de
amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela Vereadora
Margarete Moraes e pelo Vereador Luiz Braz e secretariados pelos Vereadores
João Carlos Nedel e Ervino Besson. Do que eu, João Carlos Nedel, 1º Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e
aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Passamos à
Queremos registrar e agradecer ao Dr.
Roberto Wilkens, Diretor Financeiro do Hospital de Pronto Socorro, pela sua
presença. Seja bem-vindo.
O Sr. João Paulo Fagundes, Presidente do
Centro de Estudos do Hospital de Pronto Socorro, está com a palavra, para
tratar de assunto relativo à situação crítica da Instituição, pelo tempo
regimental de 10 minutos.
O
SR. JOÃO PAULO FAGUNDES: Verª Margarete Moraes, Presidente desta
Casa, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, na
qualidade de Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto Socorro,
venho a esta Casa informar sobre a crônica situação, cada vez mais crítica, do
Hospital. Situação essa que se sustenta em três pilares: carências de recursos
humanos e de equipamentos, conforme atestam as reivindicações de setores do
Hospital – que depois passarei à Comissão de Saúde desta Casa -; concepção
obsoleta do prédio, que se encontra com a sua capacidade saturada, associada a
riscos diante de tantas improvisações; orçamento que não é reajustado há três
anos, incompatível com as necessidades do HPS, o que inviabiliza não só a
manutenção de equipamentos, como também a implantação de novas tecnologias.
O Movimento S.O.S. HPS não é um movimento
grevista, não tem cunho político, não busca reajuste salarial, não quer
diminuição da carga de trabalho, apenas reivindica as necessidades e as
condições para a prática da medicina. O Movimento S.O.S. HPS só foi
desencadeado depois de se esgotarem todas as possibilidades para sensibilizar
as instâncias superiores – leia-se aí Secretaria da Saúde – na tentativa de
resolver apenas um desses problemas que eu citei, ou seja, a carência de
recursos humanos, e só para aqueles setores que a direção do Hospital também
reconhece como deficitários. Nós temos vários setores com problemas de carência
de funcionários, mas este Movimento está sendo desencadeado para restabelecer o
número adequado de funcionários apenas naqueles setores nos quais a direção do
Hospital também reconhece deficiências.
Como não conseguimos isso - e está tudo
protocolado -, resolvemos alertar as autoridades e a população para o risco de
serem atendidos por profissionais sobrecarregados, estressados, trabalhando em
condições insatisfatórias, sendo sub-remunerados pelas horas extras. Sim, lá no
Pronto Socorro, para a hora extra se paga menos do que pela hora normal. A
falta de profissionais e de condições mínimas para o desempenho de funções tão
elevadas, são algumas preocupações que longamente vemos discutidas; porém,
muito pouco foi feito para solucionar problemas já denunciados anteriormente e
que aqui estão incluídos, que estão a comprometer qualquer reserva de bem-estar
físico e psicológico necessários para a manutenção da qualidade de um
atendimento em emergência consagrado nacionalmente, fruto, sobretudo, da
dedicação e abnegação dos nossos funcionários.
Em abril de 2003, o Centro de Estudos
entregou um documento para a direção do Hospital gestionando por soluções,
preocupado com a insustentável situação cada vez mais crítica. Vencidos os seis
meses solicitados, uma nova rodada de contatos estabeleceu um prazo de mais
quarenta e cinco dias, sem que observássemos uma solução viável. Pelo
contrário, ao longo de 2003, a situação crítica, para o nosso desalento, só
piorou. Instâncias superiores insensíveis continuam a negar a crescente
necessidade de reposição de funcionários hoje estimada em mais de 50
funcionários de enfermagem e mais de 30 médicos em diversos setores do HPS.
Meus prezados Vereadores,
a deterioração gradativa e aflitiva do HPS verifica-se até na reposição de
material de uso rotineiro de toda ordem: material para curativos, para suturas
- totalmente sucateados -, material cirúrgico.
As negociações foram praticamente esgotadas com a direção do
Hospital e com a Secretaria da Saúde. Diante da lamentável e frustrante ausência
de medidas tão ansiosamente aguardadas para restabelecer o mínimo de condições
para o atendimento da população, o Centro de Estudos apresentou aos
funcionários a real situação do HPS numa assembléia geral, realizada em 18 de
março deste ano.
Hoje, o nosso corpo funcional reconhece
que a total falta de condições se traduz na possibilidade de conseqüências
ainda mais devastadoras não só para os pacientes.
Por isso, decidiu-se que as
reivindicações não atendidas deveriam ser divulgadas para a população,
enfatizando o número cada vez mais insuficiente de funcionários, convocados que
são, como já frisamos, para realizar horas extras em condições insatisfatórias
e sub-remuneradas.
Dessa forma, foi
deflagrado o Movimento S.O.S. HPS, e, diante das repetidas negativas em atender
a demandas tão caras, em fevereiro deste ano, também acionamos o Ministério
Público.
No dia 13 de abril, ocorreu a primeira reunião junto à
Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos. Elegemos, como pauta inicial, apenas
os setores nos quais a direção também reconhece deficiências e a necessidade de
uma reposição urgente de profissionais para recompor o quadro clínico de
funcionários nos setores, a saber: radiologia, oftalmologia e cirurgia
ambulatorial.
A representante da Secretaria da Saúde
alegou que uma solução estava sendo encaminhada através do mapeamento de
setores em que havia um maior número de profissionais da área médica, para uma
possível relocação ao HPS. Essa alegação foi rebatida pelo Centro de Estudos,
uma vez que o problema de falta de pessoal no setor de radiologia começou há 13
anos e vem, gradativamente, piorando.
O Centro de Estudos alertou, ainda, que
estaria por espirar, em abril, um concurso público da área de Saúde, e que
profissionais poderiam ser aproveitados para recompor o quadro da oftalmologia
e da Sala 2. Antecipou, inclusive, que o primeiro colocado nesse concurso
estava, e continua, gestionando através da Justiça o seu ingresso no Pronto
Socorro. O que não dá para entender, se o Pronto Socorro precisa de gente, e há
gente querendo entrar, por que não se contrata?
Nova rodada foi marcada para o dia 19 de
abril, atendendo a sugestão do Centro de Estudos, para que se pudesse ainda
aproveitar o resultado do concurso antes que expirasse o seu prazo. Na ocasião,
a representante da Secretaria da Saúde não apresentou a solução que fora
prometida e combinada, ou seja: contratação imediata de três médicos para a
tomografia, número por nós considerado ainda insuficiente; três ou quatro
médicos para a sala de cirurgia ambulatorial e dois ou três médicos para a
oftalmologia, além de um substituto para a Dra. Fabiane, que é Chefe do Serviço de Radiologia, que estava grávida, já
teve o neném e ainda não se providenciou um substituto para ela.
Atendendo decisão unânime das duas
últimas assembléias dos funcionários do Pronto Socorro, a direção do Centro de
Estudos resolveu, a partir do dia 29 de abril, isto é, 13 meses após começarmos
a gestionar com a direção do Hospital, comunicar a população, através da
imprensa, sobre as reivindicações mais preocupantes.
Na rodada marcada para hoje no Ministério
Público – hoje nos vamos ter uma rodada -, esperamos ver contemplados os
compromissos assumidos pela Secretaria da Saúde.
Na última assembléia da categoria, além
das providências já mencionadas, foi discutida a situação do próprio prédio do
HPS, relacionada com as infiltrações e com o risco de incêndio.
Em 1998 foi apresentado um Plano de
Prevenção Contra Incêndios ao Corpo de Bombeiros, desde então se aguarda verba
para a sua implantação.
Em 2002 foi recomendada a troca do
telhado por causa das infiltrações e goteiras provocadas pela chuva, até agora
não foram destinados recursos para o orçamento apresentado. Enquanto isso, a
UTI de Queimados continua com as suas goteiras.
Prezados Vereadores, o momento atual do
nosso HPS está a exigir dos gestores da Saúde pública a canalização criativa de
esforços para resolver essa situação o quanto antes e, quem sabe, construir até
um novo HPS moderno, horizontalmente suficiente para atender toda a demanda
desta Porto Alegre do século XXI. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Convido o Sr. João
Paulo Fagundes a fazer parte da Mesa.
O Ver. Cláudio Sebenelo está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CLÁUDIO SEBENELO: Obrigado, Srª Presidente. Dr. João
Paulo, há mais ou menos quatro anos, nós fazíamos um discurso dizendo que o
Pronto Socorro estava defasado, estava sucateado. Havia 36 itens que os médicos
pediam que fossem sanados. E a direção do Pronto Socorro, pela primeira vez,
disse que nada daquilo existia.
Uma avaliação do Conselho Regional de Medicina da época
comprovou que 35 dos 36 itens reclamados eram de inteira justiça e solicitou
duas coisas: a correção desses problemas todos e, por fim, a aceitação por
parte da direção de que aquilo era exclusivamente a verdade. Culminou,
inclusive, no dia seguinte, com a demissão do Secretário Henrique Fontana.
Acho que essa questão do Pronto Socorro é
crônica e, realmente, tem de ser reexaminada muito mais profundamente,
inclusive para que essas denúncias não sejam consideradas denúncias com
segundas intenções; que sejam consideradas como uma colaboração dos médicos, no
sentido de corrigir essas mazelas, para que, no ano de 2004, nós tenhamos um
despertar para um novo tipo de Pronto Socorro, muito mais avançado, porque ele
funciona ainda graças ao talento e à competência dos seus funcionários.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Minha cara Presidenta; Dr. João Paulo
Fagundes, Presidente do Centro de Estudos, em primeiro lugar, eu gostaria de
dizer que, há dez anos, tenho tentado colocar um nome no Centro de Estudos - do
Dr. Ely, que foi Diretor do Pronto Socorro - e nem ao menos recebo uma resposta
dos tantos ofícios que eu mandei ao Prefeito Tarso Genro, ao Prefeito Raul
Pont, ao Prefeito João Verle e aos Diretores que por lá passaram; não me deram
uma satisfação. Mas, na realidade, o Pronto Socorro está no coração de todos os
porto-alegrenses e é uma entidade que merece o nosso respeito, e de que todos
gostam muito.
Essa idéia de S.O.S. ao Pronto Socorro é
correta, porque a Administração não está fazendo uma administração de saúde
como deve ser feita nesta Cidade, não só do Pronto Socorro. Em 1963, o Prefeito
Loureiro da Silva emitiu um chamado “Socorro ao Pronto Socorro”, porque o
Pronto Socorro precisava de uma aparelhagem de raio X, e, em poucos dias, em
menos de uma semana, a população havia dado condições financeiras para a
aquisição do melhor dos equipamentos, na oportunidade, de raio X que existia
pelo mundo afora. Mas a soma que se movimenta, anualmente, em recursos da Saúde
nesta Cidade é impressionante: mais de um bilhão e meio de reais. E o que nós
vemos na Saúde em Porto Alegre, não só no Pronto Socorro? Toda a saúde de Porto
Alegre é muito mal-atendida, não por falta de recursos, mas por ser mal
gerenciada. É mais de um bilhão e meio de reais que movimenta a Saúde em Porto
Alegre. É por isso que eu estou fazendo um apelo a todos aqueles que ouvirem o
S.O.S. ao Pronto Socorro: socorram mesmo, porque, por parte das administrações
que têm responsabilidade sobre a Saúde, não está acontecendo esse socorro que o
grande Hospital merece. Saúde e PAZ!
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidenta; Dr. João Paulo Fagundes,
Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto Socorro, quero
cumprimentar V. Sª pela manifestação e dizer também que o Centro de Estudos do
Pronto Socorro tem uma história de luta, de reivindicação, de preocupações
profundas com o Pronto Socorro. Há quinze dias, nós tivemos a oportunidade de
homenagear o Pronto Socorro nesta Casa e de falar sobre a Instituição que é o
Pronto Socorro, uma das instituições mais caras, talvez, para nós todos, para o
Estado do Rio Grande do Sul, e de maior prestígio. Mas, evidentemente, Vossa
Senhoria traz aqui uma série de reivindicações e dados importantes. É bem
verdade: o Pronto Socorro é uma grande instituição. Precisa mais? Sim, precisa
mais. Precisa realizar o que V. Sª, com dados, chama a atenção. Então, o nosso
discurso é numa agenda positiva relativamente ao Pronto Socorro, no sentido de
nós o dotarmos mais de recursos, porque esse Hospital atende a todos, muitas
pessoas que têm determinados seguros, planos de saúde.
Portanto, era para se ter uma forma de o
Pronto Socorro arrecadar, porque muitas instituições recebem dos próprios
usuários, e lá são atendidos. Então, parece-me que está aberta uma
possibilidade de se fazer um estudo amplo nesse sentido, para que se tente
compensar o que o Pronto Socorro faz, como regra, gratuitamente. De qualquer
forma, cumprimento Vossa Senhoria pela vigilância. É preciso fazer mais pelo
Pronto Socorro. Há uma série de lacunas trazidas por Vossa Senhoria. Agora,
isso não significa dizer que o Pronto Socorro não seja uma grande Instituição.
E vai bem o Pronto Socorro na medida das suas possibilidades. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta da Casa, Verª Margarete
Moraes; meus colegas Vereadores e Vereadoras, a nossa saudação afetuosa ao Dr.
João Paulo Fagundes, que ocupou a tribuna Popular nos relatando a situação
crítica desse ente público, que é o nosso Pronto Socorro, que é um patrimônio
do Rio Grande do Sul, e eu diria, Doutor, quem sabe, do Sul do País, do Brasil
até, porque nós sabemos que alguns cuidados médicos, às vezes, do Brasil
inteiro, vêm parar no Rio Grande do Sul. Eu acho que esta Casa,
independentemente de cor partidária, de posições políticas, ao longo da sua
história, tem feito o seu papel de construir de forma plural a qualificação do
Pronto Socorro. Eu acho que o senhor está trazendo dados de muita profundidade
do ponto de vista crítico, e, como Presidente da Comissão de Saúde e Meio
Ambiente, eu vou pedir as notas taquigráficas do seu pronunciamento. Vossa
Senhoria já disse que também traz alguns documentos, e vou convidá-lo a vir
aqui. Vamos pautar esse debate. Está aqui o Ver. Oliboni, que já me sinaliza
positivamente, e tenho certeza de que farão parte os outros Vereadores da
Comissão: Dr. Goulart, Beto Moesch e Almerindo Filho. E nós vamos aprazar, Ver.
Oliboni, para a outra semana, porque, na próxima, estaremos debatendo a questão
do Hospital Conceição. Então, quem sabe na outra semana, para que possamos
estabelecer o contraditório, ouvindo as partes, e, evidentemente, como Comissão
de Saúde, fazer essa mediação, que é o que nos compete como Casa Legislativa.
Eu queria cumprimentar V. Sª e dizer que,
da nossa parte, vamos, prontamente, de comum acordo, agendar uma data para esse
debate na Comissão de Saúde. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero convidar o
Presidente da COSMAM, Ver. Sebastião Melo, para que receba das mãos do Sr. João
Paulo Fagundes a documentação que ele trouxe para a Comissão de Saúde e Meio
Ambiente. Eu queria que V. Exª mesmo recebesse; por favor, Ver. Sebastião Melo.
(Procede-se à entrega da documentação ao
Ver. Sebastião Melo.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Aldacir Oliboni
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes;
Sr. João Paulo Fagundes, Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto
Socorro; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; Diretor-Administrativo do HPS, Dr.
Roberto; senhores e senhoras, nós sabemos o quanto é importante o HPS não só
para Porto Alegre como para o Estado do Rio Grande do Sul, para o Brasil, e a
grande importância que tem um hospital que faz mais de 310 mil
atendimentos/ano, 842 atendimentos/dia; que tem 360 médicos, 1.500
funcionários; que realiza quatro mil e poucas cirurgias/ano; que tem mais de 6
milhões de despesas mensais, totalizando aí mais de 40 milhões reais/ano, 142
leitos, 9 ambulatórios, 8 enfermarias, 5 UTIs, enfim, uma infinidade de
serviços à disposição da comunidade. Não serão coisas pequenas, eu diria, que
nos desmotivarão a continuar lutando pelo HPS. Vossa Senhoria é testemunha de
que neste ano os Vereadores aqui aprovaram, sim, as demandas vindas do HPS,
como, por exemplo, a ampliação do quadro de servidores, não só para o HPS, mas
para toda a rede de Porto Alegre. É de conhecimento público também que Porto
Alegre investe mais de 15% do Orçamento municipal para os serviços da área da
Saúde. Então, nós entendemos que o HPS, por atender a uma demanda que não é só
da cidade de Porto Alegre, mas sim, de todo o Estado do Rio Grande do Sul,
deveria compartilhar esse cuidado com o Governo do Estado, que, por sua vez,
nada sinaliza para poder viabilizar não só a ampliação de serviços, como também
o aumento de servidores e assim por diante.
Nós, da COSMAM, nobre Ver. Sebastião
Melo, priorizamos uma agenda no mês passado, fizemos uma visita ao HPS, onde
havia, em tese, algumas denúncias. Fomos até o local e não constatamos essas
denúncias. Dispomo-nos novamente a verificar, dispomo-nos novamente a ouvir, na
COSMAM, porque aqui, V. Sª pode ter certeza, nós todos, Vereadores, somos defensores
assíduos do HPS. Tanto é verdade que, na semana passada, foi feita uma
homenagem, e só foram ditos elogios e louvores a essa instituição que é exemplo
para nós, para o Brasil e para o mundo. Então, tenho certeza de que não são
pequenas goteiras - porque às vezes o entrave burocrático nos impede de
resolvê-las no mesmo dia - que vão macular a imagem do HPS. Tenho certeza
disso, pois há uma Direção extremamente importante e assídua para resolver os
problemas. E, aqui, a Bancada do PT é solidária e contribuirá para a solução
dos problemas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Eu quero, Srª Presidente, ao tempo em que
eu saúdo o Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto Socorro, o Sr.
João Paulo Fagundes, me somar àquelas vozes, ao lado de reiterar a importância
do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, a excelência do seu trabalho,
dizer que essa excelência, decorrente de um quadro de servidores extremamente
zelosos, que mesmo contrariados em determinado momento, não deixam de dar o
atendimento qualificado àqueles que ali vão buscar o socorro médico, e eu me
incluo entre estes, porque, no ano passado, fui atendido no Hospital de Pronto
Socorro, e, entre um curativo e outro, eu ouvia os clamores de reclamações de
deficiências administrativas que estavam em vias de comprometer até mesmo a
excelência desse atendimento.
Então, eu fico muito satisfeito que V. Sª
entregou agora documentos à Comissão de Saúde e Meio Ambiente, justificando e
comprovando essa situação crítica da instituição, muito bem explanada por V.
Sª, e que não pode ficar sem uma consideração e sem ocupação maior por parte
dos integrantes desta Casa. Eu tenho absoluta certeza de que, por conhecer a
dinâmica de trabalho do Ver. Sebastião Melo, Presidente da Comissão de Saúde e
Meio Ambiente, esses elementos que V. Sª trouxe à nossa consideração não serão,
de modo algum desconsiderados, muito antes pelo contrário, serão os fundamentos
de uma ação forte deste Legislativo que, tendo em vista o alerta aqui feito,
não pode se omitir de buscar concretamente solucionar os impasses estendidos
nesse modelar Hospital de Pronto Socorro que o Rio Grande o Sul tanto proclama
e que, evidentemente, não pode ficar nessa situação crítica que V. Sª aqui
descreveu. Contem com a mais absoluta, decidida e sincera cobertura do
Legislativo da Cidade.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Alberto
Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Prezado Sr. João Paulo Fagundes,
Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto Socorro, primeiramente,
quero parabenizá-lo pelo Centro de Estudos, que realmente busca a qualidade.
Também ouvi atentamente a sua reivindicação e os casos aqui citados. E nós
sabemos que, neste ano em que o Hospital de Pronto Socorro completa 60 anos,
ele é modelo, não só para o Rio Grande do Sul, mas para o Brasil e para a
própria América Latina, como foi dito. E sabemos que este Hospital não é um
hospital simplesmente de Porto Alegre, embora a população de Porto Alegre arque
com todo o ônus, mas sabemos que o atendimento do Hospital de Pronto Socorro é
um atendimento em nível estadual.
Durante muitos anos, colocamos a questão
de que muitos Prefeitos do Interior resolviam seus problemas comprando uma
ambulância e mandando os pacientes para o Pronto Socorro de Porto Alegre.
A nossa Casa é atenta, e sabemos das
dificuldades existentes, mas também sabemos que esse Hospital está cada vez
mais em franca ascensão.
Propomos, com esse mesmo denodo que o
senhor vem a esta Casa, que vá, também, à Assembléia Legislativa. Nós, como
Vereadores, durante muito tempo, tentamos fazer com que um percentual da
parcela de 10% da Receita do Estado pudesse vir para o Pronto Socorro, e,
talvez, o seu empenho seja mais uma voz daqueles que possam clamar para que o
Governo do Estado possa contribuir com uma parcela para o Pronto Socorro.
Parabéns pelo seu trabalho. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Clênia Maranhão
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, queria, em nome da Bancada do PPS - em meu nome e
em nome do Ver. Wilton Araújo –, saudar a presença, nesta Casa, do Dr. João
Paulo Fagundes, Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto Socorro.
Acho extremamente importante e pertinente
a sua presença, nesta Casa, na tarde de hoje. Seguramente, todos nós,
Vereadores, em uma circunstância ou outra, já tivemos de ouvir as denúncias, as
avaliações, sobre o Hospital de Pronto Socorro. Não poderíamos, portanto, na
condição de Vereadores desta Cidade, nos isentarmos da responsabilidade
política que temos, na condição de Legislativo, e, portanto, com a prerrogativa
de órgão fiscalizador das ações do Executivo Municipal, nos furtar da
responsabilidade de levar adiante as denúncias e preocupações que o senhor
trouxe a esta Casa.
Presidi, por dois anos, a Comissão de
Saúde e Meio Ambiente desta Casa e pude acompanhar o drama no atraso das obras
do Anexo.
Quando visitamos o Anexo, já prevíamos
que a proposta de utilização daquele espaço não minimizaria o drama de
superlotação das pessoas que chegam ao hospital em situação dramática.
Portanto, acho que a Comissão de Saúde,
já colocada, pelo seu Presidente, à disposição para enfrentar essa questão, ela
também tem de contar com o apoio e com a preocupação das Bancadas, para que o
Pronto Socorro possa cumprir a sua função precípua que, historicamente, tem
cumprido nesta Cidade.
Parabéns pela sua coragem, pelo seu
compromisso, e a todos os seus colegas que têm levantado publicamente essa
questão. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Nereu D’Avila
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. NEREU D’AVILA: Srª Presidenta, Sr. Presidente do Centro
de Estudos do Hospital de Pronto Socorro, está chegando aí o Ver. Dr. Goulart,
e eu gostaria de conceder a palavra ao meu nobre colega, que é médico e,
possivelmente, possa melhor enfocar a situação.
O
SR. DR. GOULART: Queria, primeiramente, pedir desculpa
pelo atraso, mas hoje é meu dia de atendimento lá na Restinga e só agora
consegui deixar a comunidade e aqui chegar. De urgência, vou falar de urgência,
eu sempre tenho atendido as pessoas de urgência, e pela primeira vez, Verª
Clênia, vou falar urgentemente. Queria agradecer ao Ver. Nereu D’Avila pela
sensibilidade de me permitir este momento e agradecer à Verª Presidenta,
Margarete Moraes, por me permitir esse pequeno rasguinho no Regimento.
Eu queria cumprimentar o meu colega João
Paulo Fagundes, amigo de longo tempo, e dizer que estou solidário com a sua
preocupação que surgiu por meio de uma reunião pelas inúmeras denúncias no
Pronto Socorro. A que me causou mais espanto foi o fato de um dos funcionários
do raio X segurar a ampola de raios em cima do paciente para poder fazer a sua
radiografia, uma vez que não tinha substrato para segurar o raio X. Isso é um
crime contra a saúde dos povos, porque ali estava sendo mal-atendido o usuário,
estava sendo irradiado e exposto, através da sua mão, o funcionário. Fora as
goteiras que estão acontecendo, fora os médicos que não estão sendo
substituídos quando têm de ser substituídos, fora um monte de enguiços que
ocorrem no Pronto Socorro.
É bem verdade que eu tenho falado com o
Diretor Coral, e ele tem me tranqüilizado dizendo que as coisas estão bem por
lá, mas eu vejo que as coisas não estão bem, e acho que nós todos, Vereadores,
temos de nos solidarizar como se mais não fosse, porque, em um desses momentos,
nós vamos ter um infarto, vamos ter um acidente, e vamos cair lá e alguém vai
estar nos atendendo nessas condições; a pessoa do nosso carinho, a pessoa
amada, e os nossos usuários, que defendemos com tanto carinho, lá estão usando
uma estrutura que poderia estar melhor.
O Pronto Socorro é sagrado, é
maravilhoso, e nós temos de protegê-lo, Dr. João Paulo Fagundes. Meus queridos
Vereadores, precisamos nos preocupar e, juntos, resolvermos o problema que não
aparece, que é surdo, que é cego, que é mudo, das dificuldades do Pronto
Socorro. Porque a despeito disso, os seus funcionários valorosos continuam
atendendo e não deixando morrerem as pessoas que se acidentam.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Agradecemos ao Sr.
João Paulo Fagundes, Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Pronto
Socorro, dizendo-lhe que entregamos oficialmente ao Presidente da COSMAM os
seus documentos, e que é sempre bem-vindo nesta Casa. Muito obrigada.
Passamos à
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª
SESSÃO
PROC. N.º 1875/04 -
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 007/04,
de autoria do Ver. Ervino Besson, que acrescenta inciso II, renumerando os
demais, ao § 1.º do art. 45 da Lei Complementar n.° 170, de 31 de dezembro de
1987, que revoga a Lei Complementar n.º 32, de 07/01/77, estabelece normas para
instalações hidrossanitárias e serviços públicos de abastecimento de água e
esgotamento sanitário prestados pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos e
dá outras providências.
PROC. N.º 1956/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 080/04, de autoria do Ver.
Cláudio Sebenelo, que denomina Praça Dr. Luiz Soares Sarmento Barata um
logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Carvalho.
PROC. N.º 2254/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 097/04, de autoria do Ver.
Haroldo de Souza, que dispõe sobre a instalação de grades protetoras em
logradouros públicos de uso estritamente residencial no Município de Porto
Alegre e dá outras providências.
2.ª
SESSÃO
PROC. N.º 0102/04 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 022/04, de autoria do Ver.
Haroldo de Souza, que concede o troféu Honra ao Mérito à Senhora Sandra
Claudete Fischer.
PROC. N.º 0619/04 -
SUBSTITUTIVO N.º 01, de autoria dos Vereadores Raul Carrion
e Aldacir Oliboni, que institui a Semana Municipal do Artesanato e dá outras
providências, ao PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 029/04, de autoria do Ver. Raul Carrion.
PROC. N.º 1477/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 061/04, de autoria dos
Vereadores Ervino Besson e Sebastião Melo, que dispõe sobre a instalação,
sinalização, contratação e utilização de controladores eletrônicos de
velocidade e de semáforos nas vias públicas de Porto Alegre, e dá outras
providências a respeito de lombadas eletrônicas e da fiscalização por radar
móvel e fixo.
PROC. N.º 2145/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 087/04, de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol, que institui o Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda
Pública do Município de Porto Alegre (REFAZ) e dá outras providências.
PROC. N.º 2178/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 091/04, de autoria dos
Vereadores Sebastião Melo e Beto Moesch, que institui o Programa de Proteção
aos Animais Domésticos e dá outras providências.
PROC. N.º 2234/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 095/04, de autoria do Ver.
João Bosco Vaz, que inclui o Dia do Desafio no Calendário de Eventos Oficiais
de Porto Alegre.
PROC. N.º 2240/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 096/04, de autoria do Ver.
Isaac Ainhorn, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
Senhor Sizenando Venturini.
PROC. N.º 2256/04 - PROJETO
DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 098/04, de autoria do Ver.
João Bosco Vaz, que denomina Rua João Locatelli da Silva um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 2258/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 099/04, de autoria do Ver.
João Bosco Vaz, que denomina Rua Eva Laci Camargo Martins (Célia) um logradouro
público cadastrado, localizado no Loteamento Residencial Piratini.
PROC. N.º 2259/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 100/04, de autoria do Ver.
Elói Guimarães, que institui o Dia do Procurador e do Assessor Jurídico do
Município de Porto Alegre.
PROC. N.º 2264/04 -
PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 012/04, que altera as
redações do art. 1.º, “caput”, do art. 4.º, incluindo parágrafos, bem como dá
nova redação ao art. 5.º, todos da Lei n.º 9.194, de 08 de agosto de 2003, e dá
outras providências. (desafetação passagem pedestre/juros e correção monetária)
PROC. N.º 2288/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 101/04, de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol, que denomina Rua Eliziário Goulart da Silva um logradouro
público cadastrado, localizado no Bairro Cristo Redentor.
3.ª
SESSÃO
PROC. N.º 6185/03 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 445/03, de autoria do Ver.
Cláudio Sebenelo, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
Dr. Natale Ferrari.
PROC. N.º 1158/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 047/04, de autoria do Ver.
Ervino Besson, que denomina Rua Felício Salvador Celia um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Aberta dos Morros.
PROC. N.º 1371/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 058/04, de autoria da Ver.ª
Clênia Maranhão, que institui o Registro de Bens Culturais de Natureza
Imaterial que constituem patrimônio cultural do Município de Porto Alegre e dá
outras providências.
PROC. N.º 1949/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 079/04, de autoria da Ver.ª
Maristela Maffei, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
Engenheiro Ronaldo Marcelio Bolognesi.
PROC. N.º 2102/04 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 085/04, de autoria do Ver.
Haroldo de Souza, que torna obrigatória a instalação de caixa eletrônico
próprio para atendimento a portadores de deficiência física nas agências e
postos de atendimento bancário, no Município de Porto Alegre, e dá outras
providências.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, a Pauta volta a
ser enriquecida hoje - muitos são os projetos em Pauta -, para que nós possamos
fazer uma análise sumária dos projetos aqui apresentados.
O Ver. Reginaldo Pujol propõe um programa
de recuperação de crédito da Fazenda Pública do Município de Porto Alegre. Eu
não sei se essa é a forma correta de fazer aumentar a arrecadação do Município.
O Refaz que ele propôs, sim, é absolutamente correto; não sei se os caminhos
que ele propõe são os melhores, mas o que eu sei é que a Secretaria Municipal
da Fazenda, ao tomar conhecimento desse Projeto de Lei, deveria acorrer à Casa
do Povo, deveria procurar o Ver. Reginaldo Pujol e fazer algumas colocações,
porque eu entendo que esse Projeto é muito bom. Há pessoas que devem para a
Prefeitura e querem pagar, mas há todas as dificuldades do mundo, não facilitam
de forma nenhuma, e a Prefeitura deixa de receber. E são centenas de milhões de
reais, não são dois ou três ou cinco ou dez mil reais, não, é muita coisa que a
Prefeitura tem para receber e não recebe, porque, com toda a Procuradoria que
têm, com todos os recursos que têm à sua disposição, não consegue fazer o
entendimento necessário para que os contribuintes possam saldar seus débitos. E
há muitos dos lançamentos da Prefeitura que não são os mais corretos, que são
difíceis de entender.
O Ver. Haroldo de Souza quer que seja
permitida a instalação de grades protetoras em logradouros públicos de uso
estritamente residencial no Município de Porto Alegre. Olha, eu até já
endossaria, porque eu moro na Travessa da Saúde, que de travessa não tem nada,
é uma rua com cul de sac, e de vez em
quando é difícil entrar ou sair de casa, porque o estacionamento é muito
grande, mas há problemas para fazer essa colocação e ele está aqui alertando
das dificuldades possíveis e tentando equacionar uma maneira de fazê-lo. Mas
não podemos esquecer que o táxi precisa chegar lá no nosso prédio, nós não
podemos esquecer que os nossos visitantes, os nossos familiares também, que não
moram conosco, vão nos visitar e vão ter dificuldades; nós temos serviço de
entregas. Não é uma das coisas mais fáceis, teria de ter guardas 24 horas, numa
guarita, para permitir ou não o acesso das pessoas, mas é uma idéia que eu acho
que até teria uma solução. Alguns Vereadores devem ter recebido uma solicitação
semelhante na Rua Leão XIII, que, talvez, pudessem implantar. Já houve uma
experiência em Porto Alegre, no Jardim Cristoffel, mas hoje ele também tem
acesso ao Hospital Moinhos de Vento por ali, então a coisa parece que é mais
difícil. A experiência feita no Jardim Cristoffel foi exatamente da maneira que
propõe, aqui, o Ver. Haroldo de Souza. Seria feita a implantação do sistema por
conta dos interessados que comprariam instalações e equipamentos com exclusiva
responsabilidade dos moradores e sem que assista qualquer indenização quando em
razão do cancelamento da autorização, e seja determinado o restabelecimento das
condições anteriores. Então, o Ver. Haroldo de Souza está abrindo uma
possibilidade que eu acho que o Executivo deve examinar junto com a
coletividade.
O Ver. Ervino Besson pretende colocar o
nome do contribuinte na conta de água. Eu acho que seria uma coisa boa, mas
deve ter alguma dificuldade, e eu penso até que essa proposição já foi feita
nesta Casa, já foi vetada pelo Prefeito, e o Plenário aceitou o veto do
Prefeito. Mas, de qualquer forma, merece ser estudada, porque não é uma das
coisas comuns de serem feitas, mas vai levantar um problema, Ver. Ervino
Besson: é taxa ou é tarifa? V. Exª está levantando o problema, porque, no
momento em que eu tenho uma taxa, eu apenas envio ao prédio, não me importa
quem seja, porque a contribuição é obrigatória; e no momento em que eu tiver
uma tarifa, como é a de energia elétrica, aí eu tenho que dar o nome do devedor
do consumo de energia elétrica, ou do consumo de água.
Ver. Ervino Besson, eu gostaria de dar o
aparte a V. Exª, mas o sinal vai soar, e a Presidenta cuida religiosamente do
tempo. Saúde e PAZ!
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Carlos
Alberto Garcia está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O
Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para discutir a Pauta.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidenta, Sras
Vereadores e Srs. Vereadores, nós propusemos, e está tramitando em 2ª Sessão de
Pauta, um Programa de Recuperação de Créditos do Município de Porto Alegre.
O Ver. Guilherme Barbosa foi o primeiro a
nos honrar com a sua presença no debate, o que eu achei muito salutar. Sei que
desse Programa vão-se envolver outros Vereadores, já fui alertado inclusive
pelo Ver. Sebastião Melo, que pretende participar da discussão preliminar e do
acompanhamento do Projeto. Aliás, nada é mais correto nesta Casa do que o
acompanhamento dos Projetos de Lei, a sua discussão, os seus efeitos nesse
momento preliminar durante as Comissões, que se exaure a discussão, Verª Maria Celeste, de tal sorte que o Plenário da Casa,
quando venha a conhecer o Projeto, ao final, tenha amplas condições de
deliberar na maior tranqüilidade.
Eu diria, antes de qualquer coisa, que
esse Projeto não tem nada de original. Esse Projeto ajusta, na realidade
municipal, situações já ocorrentes na esfera federal e na esfera estadual, com
amplo sucesso no que diz respeito aos seus objetivos. Primeiro, recuperar, para
o erário, recursos que eram virtuais e, de outro lado, permitir alguma espécie
de justiça tributária com contribuintes que, com freqüência, são levados à
cobrança judicial em processos que aqui em Porto Alegre beiram a cem mil, e que
os grandes contribuintes têm, sistematicamente, obtido sucesso nas discussões
judiciais com impugnações e lançamento, dado que os tributos elevados que lhes
são cobrados lhes permitem, Ver. Sebastião Melo, contratar profissionais
competentes que vão desqualificar os autos de lançamentos, ao contrario da
grande maioria, que é, sistematicamente, levada à cobrança judicial de valores
aparentemente irrisórios, mas que são pesados para o seu orçamento e que não
permitem e não justificam a contratação de profissionais para defendê-los.
Eu diria que, hoje, dos cem mil Processos
que tramitam na Vara da Fazenda Pública, sem sombra de dúvida, mais da metade
se encontram parados, porque foram mal-endereçados, porque os dados do
Município não são atualizados com freqüência. E eu conheço situações próprias;
vivi, inclusive, na minha família, situações nesse sentido.
O Ver. João Dib, há pouco, dizia que não
sabia se esse era o melhor caminho, mas que era uma tentativa de caminho. Eu
concordo com V. Exª, eu também não sei se é o melhor caminho, eu não sou o dono
da verdade. Eu quero que a Casa se envolva nesta discussão, porque eu acho
injusto, por exemplo, o Município propor ação, como propôs em inúmeras
situações em que o réu ou o agente da cobrança são pessoas que já são falecidas
há alguns anos, o que determina que esse Processo fique parado por ausência de
citação. E, enquanto a citação não ocorre, a possibilidade da prescrição
pode-se realizar.
Então, eu diria, com toda a certeza, que
o Município tem, hoje, estimados valores, altíssimos, como créditos a serem
recuperados, que são absolutamente virtuais, e que uma abertura bem
disciplinada, com estímulos, trará para os cofres públicos inúmeros
contribuintes que, certamente, não o fazem até agora, até pela ausência de
possibilidade de um parcelamento maior, e porque são onerados com multas para
as quais, na maioria das vezes, eles não geraram razão para que ocorressem.
Como que um espólio, por exemplo, pode ser montado por não
ter previsto o pagamento de tributos de alguém que faleceu em um determinado
momento? É uma questão lógica, Ver. Guilherme Barbosa.
Eu vou voltar ao assunto, porque V. Exª
levanta um aspecto de desestímulo ao recolhedor de tributos, aquele que paga em
dia; eu acho que é outra situação: nós temos de premiar aquele outro e não
castigar esse aqui. É outro caminho, é outra visão, que nós, oportunamente,
vamos discutir. Muito obrigado, Srª Presidente.
(Não revisto pelo orador.)
No final do ano, eu acabei desarquivando
todos os Projetos de minha autoria, mas, como se tratava de um Substitutivo, e
o Projeto original era do Ver. Almerindo, acabou-se, então, não desarquivando
essa matéria. Eu quero dizer que, na minha avaliação, Ver. Reginaldo Pujol, é
um bom Projeto; mas eu presidi a Comissão de Finanças e Orçamento em 2002, e,
naquela época, se eu não estou enganado, a dívida ativa do Município, entre
IPTU e ISSQN, chegava a 700 milhões de reais. É muito dinheiro!
Eu tenho duas teses. A primeira delas,
Ver. Guilherme Barbosa, é a seguinte: antes de aumentar impostos, eu tenho de
cobrar de quem deve. Este País não consegue mais, nas suas mais diversas
esferas, seja federal, estadual ou municipal, aumentar impostos. Esta é a
primeira questão. Antes de falar em aumentar impostos, tem de cobrar de quem
deve, especialmente dos poderosos. Eu reafirmo desta tribuna: a Prefeitura de
Porto Alegre não é eficiente para cobrar dos poderosos; cobra muito dos
pequenos, mas dos poderosos cobra muito mal.
A segunda questão: precisam vir aos
autos, imediatamente, os regramentos que são, hoje, adotados pela Prefeitura,
porque ela já faz parcelamentos. Acho que essa legislação vigente, via decreto,
tem de vir a esse Projeto para nós podermos cotejar, aqui, este debate.
Eu acho, também, que é preciso
estabelecer... Eu não me aprofundei na leitura do Projeto. Eu me lembro que no
Projeto que defendi, eu defendia faixas, através da qual você tinha um limite
mínimo para parcelamento, para não ficar uma coisa muito vulnerável, e nós
estabelecíamos que o máximo de parcelamento, se não me engano, naquele Projeto
era de 60 meses; neste aqui me parece que é um pouco mais.
De qualquer forma, eu acho que ele nos
remete a um debate maior, que é a questão de se a Prefeitura está cobrando bem
os impostos, em primeiro lugar, quais os parcelamentos que a Prefeitura tem
feito, e que tipo de parcelamento. Eu quero saber, para votar este Projeto,
quantos Processos há no Conselho do Contribuinte, o que para mim é uma grande
incógnita. É uma grande incógnita!
Em terceiro lugar, eu acho que este
Projeto nos proporciona arrastar aquela denúncia que está no Tribunal de
Contas, pelos fiscais da Prefeitura, que tem tudo a ver com este assunto; e
este assunto não pode avançar sem que se debata também aquela questão que ali
está, que, na minha avaliação, é muito grave - se é verdade aquilo que estão
dizendo. Aliás, eu acho que esta Casa tem de pensar seriamente numa Comissão
Especial - e eu tenho pensado nisto; não chegamos a esta conclusão, mas quanto
à denúncia levada pelos fiscais municipais, dizendo que houve renúncia por
parte da Prefeitura... Esta Casa não pode silenciar sobre isto. Eu não estou
falando nem em CPI; porque é ano eleitoral, vão enveredar para a questão de
tirar proveito político. Agora, o que não pode é alguém chegar, com a
responsabilidade que tem, com a envergadura de servidor público municipal,
fazer uma denúncia, levar ao Ministério Público, levar essa denúncia ao
Tribunal de Contas, e esta Casa fazer de conta que nada é com ela. Foi porque
ela votou a Lei? Bom, se nós erramos, quem é que não erra? Foi de afogadilho,
foi na reta final, não houve aprofundamento? Eu não tenho nenhuma dificuldade
de vir a esta tribuna e dizer: votei e confesso que isso aqui, para mim, estava
dentro, não consegui, naquele momento, fazer um aprofundamento, e votei. Agora,
a verdade é que a Lei foi aprovada por esta Casa, e estão dizendo que houve
renúncia fiscal. Eu acho que nós temos de averiguar isso com toda a
tranqüilidade, sem alarde, mas é preciso fazer uma averiguação. E acho que tem
tudo a ver com este Projeto que ora tramita aqui, do nosso extraordinário
colega, Ver. Reginaldo Pujol. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maria Celeste
está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidenta Verª Margarete Moraes, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o primeiro Projeto em discussão em Pauta que eu
gostaria de abordar no dia de hoje é um Projeto de autoria do Ver. Ervino
Besson, que está na 1ª Sessão, que acrescenta inciso II, renumerando os demais,
ao § 1º do art. 45 da Lei Complementar nº 32, de 07-01-77, estabelece normas
para instalações hidrossanitárias e serviços públicos de abastecimento de água
e esgotamento sanitário prestados pelo Departamento Municipal de Água e
Esgotos, e dá outras providências.
Acho extremamente pertinente, Ver.
Ervino, que o senhor traga essa discussão para esta Casa. Na Comissão de
Direitos Humanos nós abordamos um assunto parecido com este, sobre a questão
dos logradouros de apartamentos, de condomínios fechados, com relação também à
dificuldade, uma vez que a conta d’água é feita para uma rua, para um local,
pela numeração e não pela individualização ou pelo nome. É um problema sério
nos condomínios da cidade de Porto Alegre, que gerou um amplo debate na
Comissão, naquela situação.
Debatemos, inclusive, com os
representantes do DMAE, para que pudessem pensar num projeto para as novas
construções na cidade de Porto Alegre, trazendo para esta Casa um Projeto do
Executivo nesse sentido, que pudesse estar repartindo as economias, que não
fosse uma única economia no condomínio.
Bom, o seu Projeto trata de poder estar
na conta d’água, de nominar a pessoa responsável por aquele consumo, uma vez
que, atualmente, o proprietário do imóvel é que é o responsável pela numeração,
pelo imóvel, e acaba sendo onerado ou responsabilizado pelo consumo daquele
prédio.
Acho pertinente que se faça esse debate,
uma vez que, de uma forma muitas vezes injusta, como o senhor coloca aqui, o
proprietário do imóvel acaba respondendo por uma conta que eventualmente não
era de sua autoria, assumindo essa responsabilidade. E outras vezes, em alguns
logradouros não-regulamentados, ou que tenham um nome de rua que ainda não está
determinado - como vários projetos de nomes que a gente tem aqui, e por isso a
importância da nominação de logradouros -, ele faz como sua a referência e
acaba pagando a conta de uma outra pessoa.
Então, acho importante que o senhor traga
esse debate.
O
Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Verª Maria Celeste, eu agradeço o aparte de V. Exª, e acho que a
forma de colocação de V. Exª é uma discussão que eu trouxe para esta Casa,
tenho certeza de que, com idéias de todos os Vereadores e Vereadoras, nós
consigamos aprimorar este Projeto que, tenho certeza, trará benefícios tanto
para o proprietário do imóvel como para o Executivo Municipal. Sou grato a
Vossa Excelência.
A
SRA. MARIA CELESTE: Obrigada Ver. Ervino.
O
Sr. Guilherme Barbosa: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Verª Maria Celeste, na verdade o DMAE aprendeu com uma outra
situação, por exemplo, como a da CEEE: às vezes as pessoas colocam a ligação da
energia elétrica no nome do filho, da esposa, do primo ou do irmão e, depois,
desaparecem daquela economia, vão para outro lugar e fazem, novamente, o mesmo
processo. O órgão público fica muito prejudicado, perdendo, com isso, muita
receita. Claro que a preocupação do Ver. Ervino é verdadeira, mas também temos
de pensar que, por outro lado, não podemos prejudicar o órgão público, porque
vai significar que a tarifa vai aumentar para os outros. Obrigado.
A
SRA. MARIA CELESTE: Com certeza, Ver. Guilherme, por isso que
eu disse no início da minha fala que esse Projeto suscita uma discussão muito
séria, como a que foi feita na Comissão de Direitos Humanos e Defesa do
Consumidor, numa outra questão pertinente à tarifa. É com muita
responsabilidade que se assumem todas essas questões, principalmente as
relativas a tarifas e pagamento de taxas.
Por fim, queria fazer um breve comentário
- quero me apropriar um pouco mais do Projeto do Ver. Reginaldo Pujol, que
institui a questão do Refaz - em cima da fala do Ver. Sebastião Melo. Todos nós
temos de ter muito cuidado com esse tipo de Projeto, pois no afã de estarmos
promovendo um projeto dessa estatura, estaremos contribuindo com o Cofre
Público, dando ao Executivo Municipal a possibilidade de uma arrecadação cada
vez maior. Lembro que, no ano passado foi aprovado um Projeto - no Governo do
Estado - e esperava-se uma arrecadação em torno de 400 a 500 milhões de reais
para o Estado. O resultado lamentavelmente foi nada mais, nada menos do que em
torno de 150 milhões de reais de arrecadação, com a proposta daquele Projeto do
Governo do Estado.
Portanto, temos de ter muita
responsabilidade com isso. Acho que a intenção do Ver. Reginaldo Pujol é
exatamente trazer para esta Casa essa discussão para que todos nós possamos
estar nos apropriando cada vez mais desse Projeto. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta Verª Margarete Moraes,
Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu comecei a
acompanhar a discussão do Projeto do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o
Programa de Recuperação de Créditos da Fazenda Pública no Município de Porto
Alegre e dá outras providências, e vejo que a intenção - ou pelo menos uma das
intenções do Ver. Reginaldo Pujol, quando faz esse Projeto de Lei - é permitir
que os cidadãos que estão com algum problema com relação à Fazenda Pública,
possam, de alguma forma, ter seus créditos recuperados junto àquela
Instituição, destinando prover a regularização de débitos. Esse Projeto,
primeiramente, tem de ser analisado como meritório, porque ele faz algo
diferente daquilo que foi feito, pela Câmara, no final do ano passado, quando
votamos a Lei Complementar nº 501, se não me engano.
Naquela oportunidade, quando se ofereciam
benefícios através da Lei Complementar nº 501 tanto para a área da construção
civil como também para a área dos laboratórios médicos e instituições - como é
o caso, por exemplo, da Unimed -, esses benefícios vieram no bojo de uma
Legislação muito ampla que foi votada aqui nesta Casa e que, na verdade,
estendeu uma série de regras nessa área tributária, passando no meio dessas regras
todas. Exatamente essas disposições que beneficiavam a área da construção
civil, de laboratórios médicos – lembro que uma das Instituições beneficiadas
foi a Unimed. Só que naquela oportunidade feriam-se dispositivos
constitucionais, porque a Constituição é extremamente clara. Quando nós
queremos fazer qualquer Projeto de Lei que cause algum tipo de benefícios
específico nessa área tributária, tem de ser mediante um projeto específico,
não pode ser no bojo de um projeto que, na verdade, legisle para todos os
lados. O Ver. Reginaldo Pujol, pelo menos com relação a essa regra tributária,
está absolutamente correto. Ele propõe, através de um Programa de Recuperação
de Créditos da Fazenda Pública, algumas medidas, que - eu poderia achar -
seriam benefícios, sendo correto, portanto, esse Projeto específico.
Eu conversava com o Ver. Reginaldo Pujol
com relação às regras impostas por esse Projeto se, porventura, aprovado. E ele
institui prazos para a validade das regras que aqui sugere.
Eu acho que isso é salutar, porque,
afinal de contas, a gente somente poderia causar, Ver. Barbosa, um incentivo
aos maus pagadores - àqueles que não pagam em dia os seus tributos - se,
porventura, nós estivéssemos aqui oferecendo também, para o futuro, sem
colocarmos um determinado limite, a possibilidade de as pessoas não pagarem e
depois terem benefícios não pagando também a multa, que é um dos benefícios
oferecidos pelo Projeto de Lei.
É uma matéria que tem de ser, claro,
melhor discutida, melhor conhecida por todos nós. Eu estou vendo o Projeto hoje
- confesso - pela primeira vez, mas acho que é um Projeto que merece ser
aprofundado por todos os Vereadores da Casa, porque - eu pelo menos conheço -
muitas e muitas pessoas que, depois de atrasarem seus tributos junto à Fazenda Pública,
vivem pensando em uma maneira de regularizarem seus débitos sem serem
sacrificados com multas que, muitas vezes, são extremamente onerosas e que
fazem com que as pessoas se afastem do caminho de regularizar os seus débitos
junto à Fazenda Pública.
Eu acho que um Projeto como este tem de
ser bem estudado; e eu sei que o Ver. Reginaldo Pujol acredita não ter colocado
uma matéria aqui totalmente acabada. E o Projeto merecerá, por parte pelo menos
deste Vereador, um estudo para ver da possibilidade de colaborar para que o
texto final seja o texto do Projeto ideal para a cidade de Porto Alegre.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Encerrado o período de
discussão preliminar de Pauta.
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, duas questões eu quero abordar aqui neste tempo
de Liderança. Vejo aqui a atenção especialíssima das duas Vereadores da Bancada
do Partido dos Trabalhadores, Vereadoras Sofia Cavedon e Maria Celeste. Eu
quero-me somar às manifestações do Brasil inteiro quanto àquela notícia infeliz
sobre aquele jornalista norte-americano em relação ao Sr. Presidente da
República. Agora, acho que o Presidente errou ao cassar o visto do jornalista.
Eu posso não concordar absolutamente com nada do que foi dito; ele podia não
concordar e não deveria concordar, e nós não concordamos. Agora, acho que ele
excedeu-se na dose, e se 10% da humanidade sabia da notícia, ele conseguiu
fazer com que 90% da humanidade, daqueles que formam opinião hoje, passassem a
saber dessa notícia. Acho que errou violentamente, fundamentalmente por cercear
o direito do contraditório. Eu queria manifestar, aqui, que eu acho que houve
um profundo equívoco do Sr. Presidente da República. Tem a nossa solidariedade
em relação ao que disseram dele: não procede, não é verdade. Agora, quando ele
cassou o visto do jornalista, ele excedeu violentamente, fazendo-se valer de um
autoritarismo, que ainda é um pouco arraigado no Governo petista.
Mas eu quero também aproveitar este
espaço para socializar, aqui, o que este Vereador juntamente com o Ver. Dr.
Goulart, realizamos na última terça-feira, às 5h30min. Fomos ao posto de saúde
do Beco do Adelar, na Av. Juca Batista nº 3.480. Lá chegando, às 5h30min,
encontramos uma fila com quase 30 pessoas, sendo que os primeiros da fila,
muitas delas, eram aquelas figuras que havíamos encontrado lá na Vila Farrapos
- vendedores de lugares para terceiros. Imediatamente, chamamos a Brigada
Militar, que veio da Restinga e deu pronto atendimento aos Vereadores. Nós
passamos a identificar esses cidadãos, e, unanimemente, aquela fila que se
tornou de vinte e poucos, indicou, Ver. Ervino: “Esses são os vendedores de
ficha". Esses, para mim, são vítimas de um processo. Eu não posso aplaudir
o que eles fazem, e eles têm de responder pelo que fazem; eles estão cometendo
um fato delituoso. Mas o responsável por essa situação tem nome: é o Gestor
Municipal, é a Prefeitura, é a Secretaria da Saúde, que vivem nos espaços
nobres do programa Cidade Viva, fazendo demagogia da Saúde, dizendo que as
pessoas são acolhidas e que há remédio na prateleira, e que as pessoas
conseguem a sua cirurgia; isso tem um nome: mentira!
O que nós presenciamos lá é o que
acontece nesta Cidade de Norte a Sul e de Leste a Oeste. As pessoas, muitas
delas, não conseguem nem chegar na fila, Ver. Ervino. E outras têm de pagar, e
um daqueles cidadãos disse: “Olha, agora está muito difícil conseguir ficha
aqui no posto, vou ter de subir a ficha de 10 reais para 15 reais”. E a pessoa
pergunta: “Mas, por que meu senhor?” E ele responde: “Porque agora está
difícil, a safra está difícil”. Não, mas isso é uma barbaridade, não sorriem
não, isso é uma barbaridade! Porque aquele cidadão de 60 anos, aquela senhora
de idade, aquele senhor de idade, que não têm voz, não sabem sequer onde é uma
Defensoria Pública, um Ministério Público.
Por isso, nós vamos continuar nessa
caminhada, Ver. Sebenelo, queremos convidá-lo para nas madrugadas, na noite,
continuarmos. Nós vamos continuar para poder mostrar a realidade, porque a
realidade da Saúde em Porto Alegre não é o que o programa Cidade Viva mostra,
não é o que a Secretária mostra aqui no plenário. A realidade da Saúde em Porto
Alegre são filas e filas, e são pessoas vendendo fichas.
Lamentavelmente, a Saúde Pública em Porto
Alegre – não é só camelô que é caso de polícia em Porto Alegre – virou, também,
caso de polícia. Durante 16 anos levaram os camelôs para o Centro da Cidade;
agora, com toque de mágica: cacetete no camelô e salamaleque para banqueiro! E,
agora, Saúde Pública também virou caso de polícia! Já que impediram a CPI, pois
então, vamos ter de fazer in loco essas
averiguações.
Quero convidar os demais Vereadores,
especialmente da base do Governo, seria muito bom que eles estivessem junto
conosco nessa madrugadas, para constatar a realidade da Saúde Pública em Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Ervino Besson está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ERVINO BESSON: Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público das galerias, TVCâmara, quero saudar a todos.
Caro colega Ver. Sebastião Melo, também
quero dar a minha opinião a respeito do nosso Presidente, Luiz Inácio Lula da
Silva. Em primeiro lugar, quero dizer que o jornalista foi muito infeliz nas
suas colocações a respeito do nosso Presidente. Em segundo lugar, dizer que o
Presidente também cometeu um erro ao cassar o visto do jornalista. Portanto,
não ficou bem para nenhum dos dois lados.
Gostaria que os Vereadores que compõem a
situação, nesta Casa, dessem a sua opinião sobre a discussão que está havendo,
no Senado, na Câmara Federal, em torno do salário mínimo. Gostaria de ouvir a
opinião do Ver. Raul Carrion, homem cuidadoso, um crítico, e a opinião também
do seu Partido sobre o aumento de 20 reais no salário mínimo.
Durante a campanha política, o Sr. Lula,
na maioria dos seus discursos, dizia que tinha como meta a duplicação do salário
mínimo. E, agora, assistimos ao mesmo Sr. Lula, como Presidente, resistindo em
aumentar os 20 reais. Mas, o mais grave é que o Presidente quer desvincular o
salário mínimo dos aposentados do salário mínimo normal. Convenhamos! Os
aposentados são pessoas que, ao longo da sua história, ganham um pouco mais do
que o salário mínimo. Agora, o fato de o nosso Presidente querer desvincular o
salário mínimo normal dos aposentados, minha cara Presidente Verª Margarete
Moraes, não podemos aceitar, não podemos aceitar em hipótese alguma! São
pessoas que deram o vigor de sua juventude e, no momento em que eles necessitam
ter uma vida mais digna, vão ser pisoteados! Pisoteados, sim, retirando ainda o
pouco que eles ganham! Porque aumenta o salário mínimo e o Presidente quer
desvincular, não aumentando o salário mínimo dos aposentados conforme o salário
mínimo normal do trabalhador, pois já é uma ninharia o que ganha o trabalhador
hoje.
Mas, aguardando os Senadores que estão
aí, os Deputados Federais, eles têm de estar muito atentos para o que se passa,
porque o povo não esquece, o povo não esquece... O povo hoje guarda muito as
posições dos nossos Senadores, dos nossos Deputados Federais para ver quais as
atitudes que eles vão tomar a respeito do salário mínimo. E, se vier a
acontecer, pelo menos este Vereador não acredita que o Senado vá desvincular o
aumento do salário mínimo do aposentado com o salário mínimo do trabalhador
normal. Como se o aposentado não tivesse sido um trabalhador! Ora, convenhamos!
Sinceramente, se o Senado não reverter
essa idéia do nosso Presidente, o Partido dos Trabalhadores terá, sem dúvida
nenhuma, o julgamento do povo. O povo vai julgar, sim, Verª Sofia, com dureza,
porque o nosso trabalhador acreditava numa proposta, mas, infelizmente, essa
proposta que se está vendo hoje foi toda “por água abaixo”. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Alberto
Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Prezada Presidenta, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, ontem a nossa Comissão, a qual eu presido,
Comissão de Economia, Finanças e Orçamento e do Mercosul, que tem por
Vice-Presidente o Ver. João Carlos Nedel, tendo como componentes os Vereadores
Guilherme Barbosa, João Antonio Dib e Gerson Almeida se reuniu e tivemos a
oportunidade de discutir, durante todo o dia, no Fórum de Geração de Emprego e
Renda. Hoje, sabemos que o desemprego é a grande mazela mundial. Porto Alegre
já atinge um índice de desemprego acima de 16%.
Tivemos como palestrantes o Sr. Edson
Silva, Secretário Municipal da Indústria e Comércio, que representou a
Prefeitura de Porto Alegre; o Sr. Aod Cunha de Moraes, Presidente da Fundação
de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul; o advogado trabalhista com
ligação à FIERGS, Emílio Rothfuchs Neto; o Presidente da Central Única dos
Trabalhadores, Quintino Severo. No turno da tarde, foram painelistas o
economista Sidney Caetano, da Federasul; Antônio Pires, Presidente da
Associação de Dirigentes Cristãos do Estado do Rio Grande do Sul; Claudio
Guimarães, Presidente da Força Sindical e Dagoberto Machado, Presidente do
Sindigêneros. Os painelistas colocaram as suas propostas, as suas
reivindicações, comentando os mais diferentes temas.
A Força Sindical e a CUT trouxeram a
proposta que está sendo apresentada ao Governo Federal, que é a redução da
jornada de trabalho para todos os trabalhadores do País, de 44 horas para 40
horas. As centrais também entendem que essa redução não deveria implicar perda
de salários. Em contrapartida, propõem que seja proibido aos funcionários das
empresas ganharem hora extra. Seria a contrapartida social dos empregados, em
nível nacional, para garantir essa redução da jornada de trabalho.
Também colocaram que entendem necessário
e atual, para aumentar a questão de geração de emprego e renda no nosso País,
uma atualização urgente da tabela do Imposto de Renda. Tabela essa que não é
corrigida desde 1996, ou seja, há oito anos que não é corrigida. Ontem o
Presidente da Força Sindical colocou que, há alguns anos, o sonho de todo o
brasileiro era olhar o seu contracheque e ver que estava pagando Imposto de
Renda; hoje a realidade é outra: quem ganha acima de mil reais em nosso País
tem descontado o Imposto de Renda, e, segundo eles diziam: “No nosso
entendimento isso é um confisco; um saque que está sendo feito com a população
trabalhadora do nosso País”.
Também foi colocado que é preciso urgentemente rever
propostas de qualificação profissional, diminuição da carga tributária,
políticas de treinamento e reciclagem, qualidade de geração de empregos e
políticas educacionais. Viu-se que, a partir de 1998, quando o Governo Federal
liberou a criação de novos cursos, aumentou o número de universidades, aumentou
o número de centros universitários no País e fez com que milhares e milhares de
jovens, ao concluírem o curso superior, não tivessem uma perspectiva - e não
têm uma perspectiva imediata de emprego -, e que talvez a promoção de
qualificação técnica do ensino pós-médio fosse uma alternativa. E disseram que
hoje aquelas pessoas que se qualificam no Sesi, no Sesc e no Senai ainda contam
com uma garantia de emprego. Então, de forma simples, esse fórum, ontem, teve a
oportunidade de discutir a geração de emprego e propostas de alternativas para
Porto Alegre, mas foi dito que o manancial enorme é ainda em nível federal.
Muito obrigado, Presidenta.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidenta; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver. Carlos Alberto Garcia falou da preocupação
da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul com referência ao
desemprego. Mais de 17% da população trabalhadora em Porto Alegre está
desempregada, e aqui eu vejo um casal de amigos meus, lá da Quinta do Portal,
que também estão desempregados, estão preocupados com o seu futuro, e o pior é
que poucas perspectivas de retomada existem.
Mas eu sou Vereador de Porto Alegre, e
sobre Porto Alegre que me interessa falar. Nós temos há quanto tempo o Parque
Industrial da Restinga praticamente paralisado, abandonado?! O preço dos
terrenos era elevadíssimo, e esta Casa, no início do ano passado, se não me
engano, ou neste ano, a meu pedido, requereu urgência a um Projeto do Executivo
que estava parado nesta Casa há mais de ano, reduzindo os preços dos terrenos
para que o Parque Industrial da Restinga fosse acelerado.
Pois bem, lá na Restinga, também próximo
ao Parque, ou junto ao Parque, existe, construída, a recicladora de materiais
plásticos - máquinas instaladas, prédio pronto. Houve um problema de água; foi
resolvido, e está há mais de seis meses tudo pronto. Tudo, tudo, tudo pronto! O
pessoal tinha entrado no prédio no ano passado, roubado fios, roubado motores,
a Prefeitura repôs - tudo pronto -, e não está funcionando, e a Prefeitura até
hoje não sabe o que fazer, qual é a fórmula de administrar a recicladora de
materiais plásticos, que poderia estar gerando 20, 30 empregos.
O Centro de Eventos, aqui ao lado da
Câmara, atrasado há um ou dois anos, está pronto, fechado, não está
funcionando. Poderia estar gerando 30, 40 empregos, incentivando o turismo.
Fechado! O que é que há? Como é que não andam as coisas? Isso tudo é fonte de
desemprego ou assuntos trancados que não geram emprego.
Falei em turismo. Nada de turismo! É uma
vergonha na nossa Cidade o setor de turismo; uma vergonha! Se não é a
iniciativa privada, o Convention Bureau,
os hotéis fazendo as suas promoções, nada! Absolutamente nada! Porto Alegre é
uma cidade bonita, mas não há trabalho em cima por excesso de burocracia.
Quando tempo leva um Projeto de construção civil para ser aprovado? É tempo
excessivo, atraso nas liberações, atraso no habite-se, exigências exageradas.
Há empresas que não querem nem falar em Porto Alegre, porque justamente pedem
que, para aprovar um projeto, tem de fazer o esgoto da vizinhança, tem de fazer
a iluminação da vizinhança, tem de construir ponte na vizinhança, tem de não
sei o quê. Tem de fazer tudo isso, pressionando os investidores, quando
deveriam ser incentivados.
Então, vêm aqui morder os investidores.
Isso é impressionante! Eu fico triste, Ver. Carlos Alberto Garcia, V. Exª que
se preocupou em fazer esse seminário, mas também o setor público, o Executivo
tem muito débito e que poderia pagar em função, em benefício do emprego para
evitar o desemprego na nossa Capital. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Clênia Maranhão
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero trazer a esta tribuna de volta um tema
que, desde a tarde de ontem, tem ocupado um espaço significativo dos debates
deste Plenário, que é a temática da Saúde. Dentre os problemas mais graves,
mais sérios enfrentados hoje pela maioria da população porto-alegrense, que é
aquela maioria populacional que não tem acesso aos convênios privados de saúde,
aquela parcela da população que depende do atendimento público de saúde do
Município, para esses segmentos majoritários, eu acredito que essa situação da
saúde se constitui um verdadeiro calvário no cotidiano das pessoas.
Eu faço questão de falar mais uma vez que
essa situação é extremamente séria, é extremamente grave; esses debates são
reincidentes. Nós temos discutido sobre isso inúmeras vezes, vários Vereadores,
de várias Bancadas; e o que é realmente preocupante é que nós não temos
percebido que as nossas ações, as nossas denúncias, as nossas críticas, as
nossas tentativas de diálogo têm sido capazes de reverter a posição da política
de saúde pública do Município de Porto Alegre.
Eu tive um trabalho muito grande na
construção de um Projeto de Lei que, na verdade, foi construído com base numa proposta
dos médicos de Porto Alegre, encaminhado através do Simers, que procurava
resolver uma das questões mais dramáticas da vida de um cidadão, de uma
família, de uma cidadã pobre de Porto Alegre, que é o momento em que é obrigado
a enfrentar a perda de um familiar de Porto Alegre. Quando a pessoa tem o
médico particular, acesso aos serviços particulares e perde uma pessoa de sua
família, isso já se constitui um drama, um momento de enorme vulnerabilidade,
de perda e de desespero. Infelizmente, além dessa circunstância dramática,
qualquer família de Porto Alegre que seja de baixa renda, que more numa vila,
numa periferia, se ela sofre a fatalidade de ter uma perda, se alguém da sua
família falece, ela inicia na sua vida um drama kafkiano, uma coisa dramática,
porque não temos no nosso Município, na área da Saúde, um serviço público que
atenda com a urgência necessária e que seja capaz de dar um atestado de óbito a
uma pessoa falecida. Isso faz com que, na verdade, se estabeleça a necessidade
de um verdadeiro trânsito de cadáveres que as famílias são obrigadas a fazer.
Isso é apenas para explicar que as
famílias, nesse momento, pegam os seus mortos, põem num carro e levam nas
emergências dos hospitais e disputam com os profissionais de saúde um atestado
de óbito.
Fizemos um Projeto, construído
coletivamente com inúmeras Bancadas, que foi aprovado, mas foi vetado pelo
Executivo! Derrubamos esse Veto, eu tive uma audiência com a Exma. Srª
Secretária de Saúde, que, nessa audiência, reconheceu esse drama e assumiu o
compromisso de buscar uma solução. Saímos dessa audiência, a Prefeitura entrou
na Justiça contra a decisão da Câmara, ganhou na Justiça, e a população de
Porto Alegre continua fazendo o trânsito de cadáveres. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Elói Guimarães
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, o noticiário internacional envolvendo a figura do Presidente da
República não é bom para o Brasil, não é bom para os brasileiros, e, na minha
opinião, que não entro no mérito, não vem ao caso examinar o mérito, não é
construtivo para os interesses gerais do País. Evidentemente que essas
oscilações havidas na bolsa, havidas no dólar, não têm nenhuma relação com o
referido episódio. É um assunto em que, como regra, a maioria não toca. A
manifestação unânime dos políticos e dos partidos políticos é fazer coro
contrário à referida matéria, porque o Presidente da República, no regime presidencialista,
é, exatamente, aquele que representa os interesses maiores do País.
Então, todos nós devemos repudiar aquele
primeiro episódio, repudiar o noticiário da forma como foi colocado. Mas, me
parece, faltou um melhor tratamento - o Presidente não foi suficientemente
orientado – para a questão da expulsão do jornalista. A expulsão do jornalista
me parece que não é a melhor providência em matéria dessa natureza. A minha
opinião é que o Governo não deveria adotar, conforme determinou, a medida de expulsão
do jornalista, por todas as suas implicações. O correto seria a representação -
como foi determinado que se fizesse - contra o jornalista, fazendo com que ele
efetivamente provasse a infâmia, a injúria, a acusação descabida.
Agora, sem a apuração de todos esses
fatos, determinar-se a expulsão do jornalista do País, parece-me que depõe
contra os fóruns da própria liberdade, embora o que ele fez não deveria ter
feito, mas não se pode, de forma nenhuma, agasalhar procedimento dessa
natureza: de expulsão. Afinal de contas, a meu juízo – vamos deixar claro, sem
entrar no mérito -, não é coisa tão grave. Um pequeno desvio, muitas vezes,
acontece, porque todos somos mortais, falíveis, não há imortalidade.
Então o que me parece que deva merecer,
em primeiro lugar, é a defesa do Governo no tocante ao que se fez, e, em
segundo lugar, criticar o Governo do Presidente Lula por ter – ele, que ao
longo da sua vida sempre defendeu a liberdade de imprensa, etc. e tal -, na
minha opinião, cometido um equívoco político que não ajudará, pelo contrário,
agravará as relações. Embora o jornal nada tenha a ver com o Governo americano.
É bom que também se diga isso. É um problema do jornal. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Reginaldo Pujol
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, tem razão o Ver. Elói Guimarães. Ver. Nereu
D'Avila, há alguns assuntos que a gente não comenta e que a gente não encaminha
da forma como foi encaminhada essa situação que envolve o supremo mandatário da
Nação. Estrategicamente esse assunto poderia e deveria não ter tomado as
proporções que lamentavelmente tomou. Eu, honestamente, li a tradução da
reportagem por ter acesso à Internet, me chegou às mãos, e observo que,
jornalisticamente, o cidadão americano que fez essa reportagem para o jornal The New York Times não fez nada mais do
que o que fazem aqui no Brasil, várias vezes, envolvendo várias pessoas. O
ex-Presidente Fernando Henrique, muitas vezes, foi objeto de comentários
desairosos – nenhum nesta área, felizmente – e sempre teve a tolerância
democrática de procurar responder a crítica de outra forma que não esta que foi
feita pelos conselheiros do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deu ao
episódio, agora sim, a dimensão que jamais poderia ter atingido, porque envolve
agora a liberdade de imprensa, envolve direito de informação. Evidentemente que
o jornalista, habilidoso, joga com as palavras, repete várias afirmações do
engenheiro Leonel Brizola; faz colocações de outras pessoas.
Eu, honestamente, entendo que o
Presidente da República está tonto, mas não é por embriaguez, não; está tonto
com a sua base política, está tonto com as suas contradições, está tonto com a
necessidade de ter constatado que ser Governo é muito diferente de ser
oposição, que ele tem de guardar todo um discurso, que fez ao longo de muito
tempo, enfrentar a dura realidade de administrar o País e oferecer à classe
trabalhadora brasileira um salário mínimo que é insignificante, de R$ 260,00,
contrariando todo um discurso que fazia há dois anos, quando afirmava que o
salário mínimo era uma vergonha, que teria de ser, já àquela época, superior a
R$ 1.000,00. Essa tontura não é de embriaguez, porque eu não teria o direito de
fazer essa acusação ao Sr. Presidente da República – não teria esse direito. A
tontura é política, de quem não se acerta com as suas bases e que tem o
aconselhamento que o leva a esses equívocos lamentáveis que vão ser creditados a
ele. Quer dizer, é o Ministro Substituto da Justiça que tomou essa decisão de
descredenciar o jornalista do The New
York Times. Parece que vão desterrá-lo, inclusive, vão cancelar o seu visto
de permanência no País. E agora, não será mais o The New York Times, mas todos os jornais da Europa, do mundo
inteiro, que vão noticiar esse fato. Aliás, essas soluções primárias têm dado
muita dor de cabeça ao Presidente da República. Aqueles outros que lhe
aconselharam a retirar o sofá da sala, no episódio do Waldomiro, com o
fechamento estapafúrdio das casas de bingo neste País, repelido agora pelo
Senado Federal, é o exemplo mais absoluto que podemos trazer.
Não dá para administrar criando
factóides, querendo desviar as atenções, porque se acaba alimentando alguns assuntos
e com essa alimentação se dá a dimensão que, certamente, não atingiriam
situações como essa, que eu não tenho de aplaudir nem rejeitar, posto que não é
a primeira vez que alguém da imprensa internacional mete o bedelho sobre
assuntos do Brasil. E muitas vezes, quando inverdades saíam pelo mundo afora
com relação a outras figuras que já comandaram este País, os governistas de
hoje batiam palmas. Agora, reverte-se a situação.
Eu repito mais uma vez: estou, mais do
que nunca, com o Presidente Fernando Henrique que disse ontem que o Presidente
Lula não merecia isso e, de fato, não merece. Se não fossem os precedentes que
nós tivéssemos aqui, neste País, deveria haver uma indignação nacional. Mas,
infelizmente, as coisas aqui se alteram conforme o sabor dos acontecimentos, e
eu sempre disse que defendo não uma imprensa para escrever o que eu gosto de
ler e gosto de ouvir, não, mas defendo uma imprensa que procure ser isenta e
que, quando falhar, se submeta às regras da responsabilidade civil, como vários
jornalistas que foram responsabilizados, alguns com sucesso, outros não, por
colocações que fizeram ao longo do tempo.
Por isso, Srª Presidente, saudando seu
retorno ao comando dos trabalhos, eu diria que lamento todo esse quadro,
especialmente o equívoco estratégico que os assessores do Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva cometeram ao permitir que se desse essa solução que, longe
de ser solução, é ampliação de um quadro que já era deplorável e que agora o
será universalmente.
(Não revisto pelo orador.)
O
SR. RENATO GUIMARÃES (Requerimento): Srª Presidente, fomos
informados, agora, por uma representação dos ocupantes de uma área na Rua Edgar
Pires de Castro, na Zona Sul, que a Companhia Estadual de Energia Elétrica, a
CEEE, esteve no local e cortou a luz das moradias. Como nós, da CUTHAB, estamos
acompanhando, já fizemos diversas reuniões sobre esse problema, estamos
solicitando à Presidência, em nome também da CUTHAB, a possibilidade de
representar a Casa, para irmos lá, agora à tarde, e vermos a situação. Então,
estamos fazendo esse Requerimento à Presidência para poder representar a Casa
naquele local, neste momento.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Ver. Renato Guimarães,
defiro o Requerimento de V. Exª para representar a Casa, neste momento, naquela
ocupação, conforme V. Exª informou.
O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O
SR. RAUL CARRION: Exma Verª Margarete,
inicialmente só peço ao Ver. Renato Guimarães que aguarde este pronunciamento,
pois eu também gostaria de me dirigir para a ocupação na Rua Edgar Pires de
Castro, junto com ele.
O Ver. Ervino, no uso da Liderança,
instou esta Bancada a manifestar-se sobre o salário mínimo. Infelizmente, na
Liderança nós não pudemos responder-lhe, e neste momento ele não se encontra em
plenário. Mas igual eu vou dizer ao Ver. Ervino – talvez ele se encontre em seu
gabinete –, primeiro, que eu já havia me manifestado aqui; segundo, o PCdoB tem
duas Emendas: a primeira, elevando o salário mínimo a praticamente 280 reais; a
segunda, que a partir do ano 2005, o salário mínimo seja sempre reajustado pelo
índice da variação do custo de vida mais o índice de produtividade, ambos
calculados pelo IBGE. Portanto, o PCdoB tem a sua posição, clara, definida, e
sobre ela já havia-me manifestado aqui. Também deixarei a ele um documento
sobre o assunto que já distribuímos outro dia.
Mas eu queria manifestar-me aqui,
fundamentalmente, no sentido do mais veemente repúdio à matéria do jornalista
Larry Rother, do The New York Times,
leviana, mentirosa, desrespeitosa e ofensiva ao Presidente da República, ao
povo brasileiro e à Nação brasileira. Essa imprensa marrom, venal, arrogante e
prepotente do imperialismo norte-americano, que trata os povos do terceiro
mundo como seres inferiores, principalmente quando, depois de anos de
servilismo, de sucessivos governos neoliberais, o Brasil ousa desafiar o
”império do norte”. E essa matéria, Ver. Elói Guimarães, é tão preconceituosa
que o referido jornalista chega a dizer que o Presidente Lula, por ser líder
sindical, era afeito a ambientes onde a bebida corre. Isso é para se ver o
nível, a baixeza desse jornalista!
Eu quero dizer que isso não é algo
isolado. Há poucas semanas, outro jornal norte-americano, o Washington Post, tentou colocar o Brasil
no banco dos réus, exigindo inspeções nas instalações nucleares, do mesmo modo
como os Estados Unidos exigem no Iraque, que exigem no Irã, que exigem da
Coréia do Norte, como se aqui fosse uma republiqueta qualquer que eles pisassem
com as botas dos marines norte-americanos,
que no Iraque estão massacrando o seu povo. Não esqueçamos também as ameaças do
Secretário de Comércio, o Sr. Zoellick que
diz que, se o Brasil não entrasse na ALCA, iria ter de negociar com os
“pingüins”! É assim que essa gente nos trata!
Não esqueçamos as discriminações aos
brasileiros que chegam à Norte América, que têm de ser identificados pelas
impressões digitais; com altivez e soberania o Governo brasileiro deu uma
resposta à altura, exigindo a contrapartida aos cidadãos norte-americanos.
Não esqueçamos do Comandante de um avião
norte-americano que fez gestos obscenos às nossas autoridades alfandegárias e
foi preso na hora, só liberado mediante indenização. É que hoje, Ver. Elói,
este País tem um Governo soberano. Podemos dizer, como disse Sepé Tiaraju, que
“esta terra tem dono”.
Se dizem que o Governo Brasileiro está
fazendo censura, vamos lembrar que quem está censurando Michael Moore, que fez
o filme “Fahrenheit 9/11” é a Walt Disney, é o poder econômico. Vamos relembrar
que quem não teve o visto concedido foi o Deputado Federal Fernando Gabeira. E
a nossa imprensa, e a nossa oposição calam! Calam! Reduzir esse problema a uma
contradição entre dois indivíduos - um jornalista cafajeste, e o Presidente
Lula - é um equívoco! O problema aqui é uma questão de soberania nacional, e o
Governo Lula deu a resposta à altura a um indivíduo que procura desmoralizar o
Presidente de um País soberano. Por isso, só mentes subservientes podem
questionar essa atitude soberana e altiva do Governo brasileiro que o PCdoB
assina embaixo, com muito orgulho. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Sr. Luiz Braz está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes,
Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e
senhores, eu, ao ler aquela reportagem do jornalista americano, que se refere
ao nosso Presidente como alguém que gosta de bebida e que se embebeda em
público, e ao ver a fotografia do Presidente, gostaria de poder desmentir as
frases utilizadas pelo jornalista ianque. Mas, infelizmente para nós
brasileiros – infelizmente, eu digo –, porque eu não posso mentir para mim
mesmo! Infelizmente, para nós brasileiros, quem leu aquela reportagem, quem viu
a fotografia, realmente se sentiu um pouco constrangido, porque, afinal de
contas, todos nós, brasileiros, esperamos um pouco mais de quem está dirigindo
uma nação como esta, que precisa de tanta inteligência e de tanto esforço para
sair da situação em que se encontra o País, para poder vencer as suas
dificuldades.
Eu me lembro daqueles discursos de
campanha; eu me lembro dos discursos que eram feitos pelo Partido que hoje está
na situação, prometendo para o povo brasileiro um novo Brasil, e, de repente,
eu vejo que o novo Brasil, que está sendo entregue para o povo brasileiro, que
está sendo formatado a essa altura dos acontecimentos, é um novo Brasil pior do
que o Brasil existia.
Uma coisa também, Ver. Sebenelo - V. Exª,
que é Líder da minha Bancada – é que eu não posso conceber que se utilize
propaganda de televisão para mentir. Todos os brasileiros sabem que no ano de
2002 o capital estrangeiro, os grandes investidores começaram a não acreditar
neste País exatamente porque sabiam da possibilidade do perigo de Lula assumir
a Presidência. E por isso mesmo os números que eram indicadores da nossa
economia, que eram muito bons, acabaram despencando por causa do medo do
Governo Lula e por causa das estripulias que os militantes petistas promoviam
em todo o Território Nacional: os sem-terra e outros segmentos ligados ao
Partido dos Trabalhadores.
Ora, a propaganda, agora, descarada que
vai para a televisão, Ver. Sebenelo, e que diz o seguinte: “Se comparado o
final do Governo FHC com os números de agora, do Governo Lula, podemos ver que
existe uma recuperação da economia”. Ora, mas é claro! Quem fez aqueles números
do final do Governo FHC foram as estripulias, as irresponsabilidades dos
petistas! Quem é que não sabe disso? Porque sempre quiseram fazer com que a
sociedade desacreditasse dos Governos anteriores – sempre quiseram fazer isso
-, e, agora com uma propaganda mentirosa... Deveriam ter vergonha na cara de
colocar essa propaganda na televisão, porque sabem que estão mentindo para o
povo brasileiro. Ora, quem pode acreditar num mentiroso? Ninguém. Então, por
isso, quando agora vêm dizer-me que aquela reportagem do americano, chamando o
nosso Presidente de bêbado e estampando a fotografia de um Presidente bêbado
não poderia ir ao ar, eu começo a pensar: “Mas quem mente tanto assim em que
momento fala a verdade? Será que está falando a verdade, agora, quando está
dizendo que a reportagem do americano é mentirosa, é falsa? Ou será que estão
mentindo quando estão indo a público, na televisão, comparando aqueles números
do final do Governo de Fernando Henrique com os números atuais? Em que momento
mentem? Ou será que mentem nos dois momentos?”
Eu acho que nós estamos precisando
acreditar mais nas pessoas que estão liderando o nosso povo, liderando os
nossos destinos, mas, no momento, é realmente muito difícil, porque parece que
o País está, realmente, à deriva.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Gerson Almeida
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. GERSON ALMEIDA: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre é um palco de debates
democráticos e com muitas divergências. Agora, nesses anos em que acompanho a
Câmara, tinha uma questão que nos unificava, que era a soberania nacional e a
defesa do Brasil diante das calúnias e difamação e os interesses da grande
potência americana, o império americano. Lamentavelmente, especialmente pelo
discurso do último orador, parece que essa unidade foi quebrada.
Vou falar sobre uma jornalista,
recebedora do único Prêmio Pulitzer - um dos mais importantes prêmios do
jornalismo mundial - que foi devolvido, exatamente o de uma jornalista de um
dos grande jornais americanos que ganhou um Prêmio Pulitzer em cima de uma
matéria fraudada; foi a única vez na história que esse Prêmio foi devolvido.
Recentemente, nós vimos o "Sr. Mister Fraude", conforme chamaram, do
próprio jornal New York Times ser
demitido. Por quê? Exatamente por inventar matérias sobre a guerra no Iraque.
A confiança do público americano na
imprensa tem diminuído. Entre 1985 e 2000 o número de americanos que pensam que
as empresas de comunicação social são morais caiu de 54% para 39%; e o daqueles
que pensam que elas são imorais aumentou de 13 para 39%.
Vejam, essa é a imprensa americana, Ver.
Luiz Braz. Os americanos não são servis ou confiantes na imprensa americana
como o seu discurso demonstrou aqui. Os americanos desconfiam, como dizem os
dados, da sua própria imprensa.
É por isso que não se trata de liberdade
ou não de imprensa. Porque a liberdade de imprensa é uma defesa e um
compromisso sagrado do Partido dos Trabalhadores.
Vejam que o Presidente Lula, desde que
iniciou a sua vida pública, é agredido, difamado, acusado, com todo o tipo de
preconceitos, e jamais desacatou.
Agora, uma coisa é um brasileiro ser
criticado pela imprensa brasileira ou por qualquer político ou setor social;
outra coisa é vir um estrangeiro aqui caluniar, difamar, inventar uma
preocupação nacional, e acharmos que isso é assim mesmo.
Quero dizer que, se fosse em relação ao
ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso ou a qualquer outro ex-presidente,
legitimamente eleito pelo povo, eu estaria aqui, ao lado de todos aqueles que
defendem a instituição Presidente da República.
Portanto, fico espantado, mas sei que é
algo isolado, e me espanta ver que esta tribuna democrática, que esta tribuna
da Câmara de Vereadores sirva para defender a medida, para defender a postura
de uma pessoa caluniosa, que quis achincalhar não o Presidente, a figura singular,
porque não era pessoal, mas a instituição Presidente da República, que, na
verdade, representa a todos nós.
Agora, a questão é que um outro grande
jornal - o Ver. Raul Carrion já trouxe isso - o Washington Post, Ver. Leal, já quis colocar o Brasil, em relação ao
programa nuclear, como a Coréia, como os países da diáspora da rede da
sociedade internacional. E V. Exª sabe muito bem o quanto é importante defender
a tecnologia e os interesses nacionais.
Quero concluir, agora, com um assunto, um
pequeno pot-pourri, bastante rápido,
dizendo que a Saúde em Porto Alegre está dando passos muito significativos para
a melhoria. Muita coisa tem de se fazer. Agora, a verdade é que, desde que se
municipalizou, tínhamos duas dúzias, se tanto, de postos de saúde, e hoje,
temos quase 200 serviços de saúde.
E, no entanto, há alguns setores que
estão fazendo de tudo para que a saúde pública em Porto Alegre não funcione ou
fique mais preocupada em ter de responder cada dia a um factóide do que
propriamente gastar energias para a qualificação do serviço, como, a meu juízo,
foi feito agora.
Foi noticiado, aqui nesta tribuna, que um
único Vereador, de forma solitária - que, inclusive, falou aqui em nome de uma
Comissão, mas não convocou a Comissão para ir junto, portanto, era um ato
voluntário, legítimo -, procura, agora, transformar a questão da Saúde num caso
de polícia, num assunto, que é o acolhimento, que está dando passos céleres
para abarcar todo o conjunto da rede de Saúde.
Apesar disso, a saúde em Porto Alegre,
felizmente, está cada vez melhorando, como nós vimos esta semana, aqui, quando
as galerias encheram com pessoas defendendo um dos serviços de saúde feitos na
Cidade de Porto Alegre, feito pelo GHC, que, agora, quer se generalizar para
toda a Porto Alegre, através de uma articulação entre União e Município. E
esperamos ter o apoio do Estado, que prometeu, na campanha, um posto de saúde a
cada quilômetro e, até agora, não inaugurou nenhum, com quase um ano e seis
meses passados de Governo, Ver. Sebastião Melo. Eu gostaria que V. Exª, como
Presidente da Comissão de Saúde, abordasse este tema para ver como é que o
Estado pode auxiliar para melhorar a saúde em Porto Alegre, que está sendo
objeto de um esforço muito grande por parte da Prefeitura. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Havendo quórum,
passamos à
O
SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Srª Presidente, desde
março eu estou tentando enviar um Requerimento para ser analisado, à Comissão
de Justiça, com referência ao direito que têm os aposentados da Câmara
Municipal de receberem reajustes nas mesmas datas e proporções dos que estão na
ativa, de acordo com o que manda a Constituição no seu art. 40. Esse
Requerimento encontra-se parado na Casa desde março, e eu não consigo votá-lo.
Se V. Exª tomar esse Requerimento como sendo da Mesa, ele pode ir diretamente
para a Comissão de Justiça sem precisar de votação. Ele só será votado enquanto
for considerado Requerimento de Vereador. Eu pergunto se V. Exª poderia, pela
Mesa, ajudar para que esse Requerimento seja enviado à Comissão de Justiça, a
fim de que nós possamos ter um Parecer da Comissão de Justiça.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Pois não, Ver. Luiz
Braz. Nós vamos encaminhar.
O
SR. CARLOS PESTANA (Requerimento): Srª Presidente,
requeremos a suspensão dos trabalhos por cinco minutos para que haja acordo
entre as Lideranças, a fim de organizar a votação dos projetos da Ordem do Dia.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Deferido. Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h40min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 16h54min):
Estão reabertos os trabalhos.
O
SR. CARLOS PESTANA: Presidenta Margarete Moraes, como não
houve acordo, apesar do nosso esforço em dialogar com o conjunto dos Partidos
desta Casa, estou propondo que se siga a ordem do espelho.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Quero colaborar com o Líder do Governo.
Ver. Carlos Pestana, quero sua atenção. Na verdade não é uma proposta; se não
há acordo, a Presidenta segue a Ordem do Dia; então V. Exª não está fazendo uma
proposta. Proposta seria se V. Exª fosse inverter, então não é proposta, isso é
a regra do jogo.
O
SR. CARLOS PESTANA: Só para esclarecer, então: estou
informando à Presidenta que não houve acordo, é só isso.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, se é que eu entendi, ele
não tem proposta. Eu consultaria o Ver. Isaac Ainhorn, que estava fazendo uma
proposta, se há outra proposição. O Vereador Líder do Governo não apresentou
uma proposta; a oposição pode apresentar uma proposta e ela tem de ser
discutida.
O SR. ISAAC AINHORN:
Eu quero esclarecer que, como não houve uma proposta consensual, o Ver.
Sebastião Melo vai apresentar uma proposta de Vereadores da oposição;
simplesmente isso. É um requerimento e tem de ser submetido à votação; se
perder, volta-se para o espelho.
O SR. SEBASTIÃO MELO
(Requerimento): Srª Presidenta, solicito que a ordem de
votação seja a seguinte: PLL nº 025/04, de autoria da Verª Clênia Maranhão; o
PR nº 018/04, de autoria do Ver. Haroldo de Souza; o Requerimento nº 091/04, de
autoria do Ver. Beto Moesch; o PLL nº 040/04, de autoria do Ver. Pedro Américo
Leal; o Requerimento nº 089/04, de autoria deste Vereador, e o PDL nº 002/04 -
Contas do Sr. Prefeito Raul Pont, do ano de 1998, seguindo depois a ordem do
espelho. Essa é a nossa proposta.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Peço que à Diretoria
Legislativa anote o Requerimento do Ver. Sebastião Melo com precisão. (Pausa.)
Peço que V. Exª, Ver. Sebastião Melo, repita o seu Requerimento.
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Pois não, a ordem é a
seguinte: PLL nº 025/04, PR nº 018/04; Requerimento nº 091/04, do Ver. Beto
Moesch; o PLL nº 040/04; o Requerimento nº 089/04 e o PDL nº 002/04 - Contas do
Sr. Prefeito Raul Pont, de 1998, seguindo, depois, a ordem do espelho.
O
SR. CARLOS PESTANA (Requerimento): Como anteriormente não
tivemos esta proposta por parte da oposição, nós vamos fazer uma outra
proposta, aqui, de votação dos projetos da Ordem do Dia. Primeiro o PDL nº
002/04, depois o PLL nº 289/01; o PLL nº 086/03; o PLL nº 025/04; o
Requerimento nº 091/04, de autoria do Ver. Beto Moesch e o PLL nº 040/04.
O
SR. ISAAC AINHORN (Questão de Ordem): Srª Presidente, para
esclarecimentos. Eu gostaria de saber quantos Requerimentos de inversão da
Ordem do Dia há?
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Há dois Requerimentos,
um apresentado pelo Ver. Sebastião Melo, e outro apresentado pelo Ver. Carlos
Pestana. Até agora chegaram a esta Presidência dois Requerimentos.
O
SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Perfeito. Então eu
gostaria de formalizar o pedido que, pela ordem, se coloque em votação o
Requerimento do Ver. Sebastião Melo.
O
SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: O Requerimento que vai provocar a votação
de todo o Plenário, que é simples, que é a sugestão minha de fazer com que o
Bibo Nunes receba o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre. É uma coisa
muito simples que corre em votação e está acabado.
A SRA. PRESIDENTA
(Margarete Moraes): Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Sebastião Melo, solicitando a inversão na apreciação da Ordem do Dia.
(Pausa.)
O Ver. Carlos Pestana está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo.
O
SR. CARLOS PESTANA: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, estamos aqui, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, para encaminhar contra essa proposta da alteração da Ordem do
Dia, de autoria do Ver. Sebastião Melo, porque, na verdade, ela não dialoga com
o discurso do próprio Vereador que constantemente vem a esta tribuna requerer
que esta Casa debata temas de relevância para a Cidade.
Infelizmente, já passou o prazo
estabelecido para votar a prestação de contas de 98 e até agora esta Casa não
se manifestou. Então, estamos com o prazo vencido. Esse é um tema...
(Tumulto no Plenário.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Por favor, Srs.
Vereadores, o Ver. Carlos Pestana está com o seu tempo garantido. Eu solicito
silêncio ao Plenário, por favor.
O
SR. CARLOS PESTANA: Agradeço a Presidenta Margarete Moraes,
mas retomando: há um debate nesta Casa, o de se tratar de temas efetivamente
relevantes. Então, não é compreensível que o tema que aborda a prestação de
contas da nossa Cidade, com prazo para aprovação já vencido, não seja
deliberado por esta Casa, optando-se por privilegiar títulos em detrimento de
um tema tão relevante.
Nós fizemos diversos
contatos com o conjunto de Líderes da oposição, visando a uma composição que
garantisse, efetivamente, que esse tema, que volto a dizer, com prazo vencido
para aprovação, fosse deliberado por esta Casa. Infelizmente isso não foi
possível. Então nos obrigou, aqui, a tomar um outro procedimento: encaminhar
uma outra proposta para a Ordem do Dia para que, efetivamente, consigamos
deliberar sobre esse tema, que é a prestação de contas de 1998.
Nós estamos numa situação
particular aqui, inclusive sobre as prestações de contas de 1996 há um
Requerimento do próprio Ver. Sebastião Melo, que está requerendo uma nova
votação sobre o que já foi deliberado. Nós nem vamos fazer isso; nem vamos
entrar nas contas de 1998, e estamos aqui pautando a discussão de títulos. Isso
nos pareceu equivocado. Infelizmente, não chegamos a um acordo sobre esse tema,
razão pela qual a Bancada do Partido dos Trabalhadores – até porque quer
privilegiar, efetivamente, aquilo que é mais significativo para a Cidade,
aquilo que é mais relevante – decidiu privilegiar na Ordem do Dia a questão da
prestação de contas, cujo prazo legal já venceu, já determinado em Lei, e que
esta Casa, infelizmente, não se manifestou ainda, da gestão de 1998. Vencido
esse tema, bom, aí sim, podemos passar para aqueles temas que, a meu juízo, a
juízo da minha Bancada, são de menor importância: títulos, deliberações de
viagens, concessão a nomes de ruas e outras questões que foram arroladas na
nossa própria proposta de Ordem do Dia.
Então, essa é a motivação, essa é a razão
pela qual nós vimos a esta tribuna para encaminhar uma posição contrária àquela
proposta do Ver. Sebastião Melo, que começa pelos títulos, pela liberação de
viagens e, como última proposta da Ordem do Dia, a prestação de contas, que
corremos o risco de, mais uma vez, não conseguirmos efetivar o debate e, mais
uma vez, não cumprirmos os prazos estabelecidos em Lei.
Então, por essa razão, vimos à tribuna
fazer essa proposta.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Sebastião Melo
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de sua autoria.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu não posso mudar o discurso de acordo com os
meus interesses. Quem tem feito a agenda recheada aqui de títulos e nomes de
ruas é a Bancada do Partido dos Trabalhadores, eles têm coordenado esse
processo. Então, não venham querer jogar para cima de outro aquilo que eu tenho
feito.
Segundo, eu
listei aqui dois Títulos de Cidadão, de dois Vereadores que têm interesse em
aprová-los, porque têm prazo; uma viagem do Ver. Beto Moesch para Alegrete; a
Renovação de Votação, deste Vereador, das Contas do Sr. Tarso Genro e, depois,
nós vamos entrar nas Contas do Sr. Raul. Na pior das hipóteses, em 15 minutos,
votamos isso. Na pior das hipóteses, em 20 minutos, votam-se esses processos! E
agora são 17h06min, portanto, vamos entrar na discussão.
Eu e o Ver. Isaac Ainhorn, que estávamos
conversando, não falando em nome de ninguém das nossas Bancadas, dissemos que
achamos mais razoável que se faça a Pauta dia a dia. Não foi isso, Ver. Isaac?
E no meu nome também, não em nome de oposição.
Portanto, nós
queremos dizer que o nosso
Requerimento, Vereador Haroldo de Souza, contempla, efetivamente, as
emergências. Ele vota, primeiro, a
Renovação de Votação, porque eu não posso apreciar as Contas de 1998 se há uma
renovação de votação que nós perdemos por um voto e, portanto, estamos no
legítimo direito de renovar essa votação.
Então, queremos votar a Renovação para, depois, entrarmos nas Contas de
1998. Se há um processo de Renovação
pendente, como vou analisar 1998 se eu não analisei 1996? Acho que tem coerência a nossa apresentação
do Requerimento.
Então, Senhora Presidenta, encaminho pela
procedência do nosso Requerimento, e que seja rejeitada a tese do ilustre
Vereador Carlos Pestana e que nós possamos, de imediato, entrar na Ordem do Dia
e nas votações aqui propostas. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Isaac Ainhorn, o Requerimento de autoria do Ver. Sebastião
Melo. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
APROVADO o Requerimento do Ver. Sebastião Melo por 12 votos SIM, 07 NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Portanto, não colocaremos em votação o
Requerimento apresentado pelo Ver. Carlos Pestana.
Apregoamos Emenda de Liderança ao PLL nº
326/03. Emenda de Liderança nº 01. (Lê Emenda.): “Substitua-se no art. 1.º a
expressão: ‘no segundo domingo do mês de junho’ por: ‘no dia 26 de setembro’.
Justificativa da tribuna. Assinado: João Antonio Dib e Beto Moesch".
Vamos suspender os trabalhos por dois
minutos para que a Diretoria Legislativa possa organizar-se em relação a esta
votação. Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h11min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h15min):
Estão reabertos os trabalhos.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0353/04 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 025/04, de autoria da
Ver.ª Clênia Maranhão, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Físico Ennio Candotti.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 28-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL n°
025/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº
025/04, solicitada pelo Ver. Carlos Pestana. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADO por 16 votos SIM e 01 ABSTENÇÂO.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, eu acredito que, se
votamos um Projeto precisando de 22 votos e, no momento em que nós não
alcançamos, entre votos “sim” e “não” os 22 votos, por não haver quórum, de
acordo com o Regimento, teríamos de encerrar a Sessão.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Pelo que eu lembro,
havia 17 votos. Vamos olhar agora.
O
SR. LUIZ BRAZ: Precisaríamos de 22 votos para aprovar.
Nós não tivemos o quórum suficiente.
O
SR. ISAAC AINHORN: Srª Presidente, não sei se houve... E
apelo, sobretudo por se tratar de um Título de Cidadão. Eu estava tentando
votar e não consegui, no painel eletrônico - não sei se naquele momento não se
operou uma pane -, também assisti outros Vereadores. Como não é uma situação
polêmica, Srª Presidente, e causa, por uma estreita medida regimental que só
permite renovação de votação com diferença mínima de votos, apelo a V. Exª,
consultadas as Lideranças, que se anule essa votação. Não tome a decisão
sozinha e busque, para não criar um problema maior, uma consulta às Lideranças
da Casa.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Chamo as Lideranças.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 17h20min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes - 17h28min):
Estão reabertos os trabalhos.
Tendo em vista ter havido pane no sistema
e que muitos Vereadores não conseguiram votar, estou sugerindo a Renovação de
Votação do PLL nº 025/04, de autoria da Verª Clênia Maranhão, que concede o
Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao físico Ênio Candotti. Vou ler a
Exposição de Motivos (Lê.): “O referido professor é titular da Universidade
Federal do Espírito Santo e atualmente preside a SBPC – Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência. Em 1998, Candotti foi escolhido para o Prêmio
Kalinga, da Unesco, por sua contribuição à popularização da Ciência”. Lido um
parágrafo da Exposição de Motivos.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação nominal o
PLL nº 025/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0895/04 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 040/04, de autoria do
Ver. Pedro Américo Leal, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Senhor Alcibio Mesquita Bibo Nunes.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 03-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
040/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 25
votos SIM.
Registro a presença do Sr. Francisco
Pereira, Vereador de Cidreira, do Partido Trabalhista Brasileiro. Seja
bem-vindo!
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0098/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 018/04, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que
concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” a Armandinho e Banda.
Pareceres:
- CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 05-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes Em discussão o PR nº
018/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.
Em votação o Requerimento nº 091/04, de
autoria do Ver. Beto Moesch. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela
unanimidade dos presentes.
A Verª Maria Celeste está com a palavra
para um Requerimento.
A
SRA. MARIA CELESTE (Requerimento): Srª Presidente, só
para mantermos a votação; já há acordo das Lideranças para prosseguirmos com o
PLL nº 289/01, PLL nº 045/04, PLL nº 258/03, PR nº 029/04, PR nº 035/04, PR nº
036/04, PR nº 046/04, PR nº 049/04, PR nº 052/04, PLL nº 326/03, PR nº 005/04,
e os Requerimentos nº 064/04, 082/04 e 083/04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em votação o
Requerimento de autoria da Verª Maria Celeste. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4402/01 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 289/01, de autoria da
Ver.ª Helena Bonumá, inclui a “Festa da Raça” no Calendário de Eventos Oficiais
de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH. Relatora
Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 19-04-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
289/01. O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para discutir o PLL nº 289/01.
O
SR. ISAAC AINHORN: Srª Presidente e Srs. Vereadores, no ano
passado, o Movimento de Justiça e Direitos Humanos ingressou com um pedido
nesta Casa, para que se revogasse uma Lei que trata da identificação racial nos
documentos da Prefeitura, entendendo que esse conceito de caracterização racial
seria incompatível com os novos conceitos de sociologia moderna e do próprio
processo de miscigenação da sociedade. O Ver. Sebastião Melo foi o autor desse
Requerimento. Este Projeto, inclusive, está para ser votado. Inclusive este Vereador
havia solicitado o art. 81 e, posteriormente, retirou o art. 81 a pedido da
própria autora da Lei, para buscar um maior amadurecimento da questão.
Eu, particularmente, tenho lutado muito
pela definição conceitual desse conceito de raça. E, evidentemente, que o
conceito tem de ser muito avaliado. É óbvio que aqui nós já temos, nesta Casa,
um importante instrumento que é o dia comemorativo, o 20 de novembro, como o
Dia da Raça Negra. E eu não sei se na forma como pretende a Ver. Helena, que
inclui a "Festa da Raça", não fica esse conceito extremamente
abrangente, Ver. Wilton Araújo, sem uma caracterização maior a que corresponde
efetivamente. Na sua Exposição de Motivos, vejo que ela refere o dia 20 de
novembro, e diz que no Morro da Vila Conceição, há 15 anos, a comunidade, por
sua iniciativa, realiza a Festa da Raça.
Eu acho que existe aqui na Casa a
comemoração da raça negra, conceitualmente estabelecida, e que coincide com a
data que relembra Zumbi, o herói de Palmares.
Então eu acho que nós estamos vivendo
alguns elementos e alguns conceitos um pouco confusos. Eu sugeriria que
adiássemos a discussão deste Projeto por uma ou duas Sessões, a fim de que
pudéssemos até conversar com a autora do Projeto para examinar essa questão,
até porque, assim como retirei o art. 81 de um Projeto de Lei que revogava uma
lei de identificação racial...
O
Sr. Wilton Araújo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Somo-me à solicitação de V. Exª, para que este Projeto possa ser
melhor analisado e que se proceda ao adiamento por duas ou três Sessões, para
dar tempo aos Srs. Vereadores de aprofundar a questão. É uma questão bastante
delicada, embora seja de tradição, e, muitas vezes, as tradições precisam ser
alteradas para serem melhor compreendidas pela sociedade.
O
SR. ISAAC AINHORN: Parece que já há um assentimento da Verª
Helena...
A
Srª Helena Bonumá: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Entendemos
que é importante que a gente possa estar fazendo uma boa discussão nesta Casa;
a proposição veio da comunidade, é o nome com que a comunidade classifica essa
festa, que já existe há 16 anos, e não tem uma conotação de racismo, pelo
contrário, tem conotação de afirmação da comunidade.
Entendemos que, para o bom andamento da
discussão, aceitamos a sua sugestão de adiar a discussão por uma Sessão, para
que possamos fazer um bom debate sobre a matéria e chegarmos a uma conclusão
que seja de valorização da vontade da comunidade.
O
SR. ISAAC AINHORN: Agradeço, tendo em vista a compreensão e
a boa vontade de V. Exª
Quero subscrever o Requerimento de
adiamento da discussão por uma Sessão. Obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Mesa acata a
sugestão apresentada pelo Ver. Isaac Ainhorn.
Em votação o adiamento, por uma Sessão,
da discussão do PLL nº 289/01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o
adiamento.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 1109/04 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 045/04, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre
ao Senhor Dr. Roberto Bier da Silva.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, §
2.º, V da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 05-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
045/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por 25 votos SIM.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4222/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 258/03, de autoria do
Ver. Elias Vidal, que institui a Semana de Conscientização e Prevenção sobre a
Divulgação e Venda de Produtos Falsificados, Pirateados ou Contrabandeados, bem
como a Sonegação Fiscal.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Pedro Américo Leal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 03-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
258/03. (Pausa.)
O
SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Srª Presidenta, até
por delicadeza ao Ver. Elias Vidal, como é uma matéria bastante complexa - nós
combinamos que as coisas seriam sem complexidade -, eu requeiro o adiamento da
discussão, por uma Sessão, do PLL nº 258/03.
Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. Sebastião Melo, que requer o adiamento, por uma Sessão, da discussão do
PLL nº 258/03. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0111/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 029/04, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que concede
o Prêmio Francisco José Zaffari de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e
do Adolescente ao Centro Social Marista de Porto Alegre (CESMAR).
Pareceres:
- CCJ. Relator
Ver. Nereu D’Avila: pela aprovação do Projeto;
- CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 05-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº
029/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0117/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 035/04, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que concede
o título honorífico de Líder Comunitário ao Senhor Gilberto Marques da Rosa.
Pareceres:
- CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 05-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº
035/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0118/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 036/04, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que concede o
troféu Honra ao Mérito ao Senhor Pedro Zaluski.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão:
pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 12-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº
036/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0159/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 046/04, de autoria do Ver. João Bosco Vaz, que concede
o título honorífico de Líder Comunitário a Aroldo Tadeu Freitas da Silva.
Pareceres:
- CCJ. Relator
Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;
- CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 05-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº
046/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0270/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 049/04, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede
o título honorífico de Líder Comunitário ao Senhor Alceu Rosa.
Pareceres:
- CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;
- CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 05-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº
049/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 0882/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 052/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
concede a Comenda Pedro Weingärtner ao Senhor Altair Roberto Fulginiti.
Pareceres:
- CCJ. Relatora
Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto;
- CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
-
incluído na Ordem do Dia em 05-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PR nº
052/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade dos presentes.
O
SR. RENATO GUIMARÃES: Srª Presidente, somente para trazer o
relato ao conjunto da Casa da visita que fizemos, agora, em nome da Presidência
e da CUTHAB à área da Rua Edgar Pires de Castro. Fomos informados pelos
ocupantes que, pela manhã, acompanhada da Brigada Militar, a CEEE esteve lá e
cortou a luz dizendo que estava executando ordens superiores. Estão sem luz 130
famílias que solicitam que a Câmara intermedie uma solução com a CEEE para que
haja o retorno da atividade.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Pois não, Ver.
Sebastião Melo.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidenta, eu ouvi atentamente as
colocações do Ver. Renato Guimarães, e quero dizer ao Vereador que já contatei
com o Presidente da CEEE e com o Gerente de Porto Alegre, e eles estão à
disposição para sentar e conversar sobre essa questão da luz. Portanto, nos
colocamos à disposição para debater a matéria.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Estamos na Ordem do
Dia, discutiremos o PLL nº 326/03, de autoria do Ver. Ervino Besson.
Em votação o Requerimento de autoria do
Ver. João Antonio Dib, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLL nº
326/03 às Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4363/03 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 326/03, de autoria do
Ver. Ervino Besson, que institui o Dia do Irmão no Município de Porto Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-05-04.
A
SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Em discussão o PLL nº
326/03. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº
326/03, solicitada pelo Ver. Renato Guimarães. (Após a apuração nominal.) Dez
votos SIM e 01 voto NÃO. Onze Vereadores, não há quórum.
Antes de encerrar a Sessão, eu quero dar a palavra, que já havia sido solicitada, ao Ver. Dr. Goulart.
O SR. DR. GOULART: Srª Presidenta, quero-lhe comunicar que, hoje, em reunião com a direção do Grupo Hospitalar Conceição, o GHC, o Ver. Cláudio Sebenelo, o Ver. Dr. Goulart e o Sindicato Médico obtiveram um adiamento de 45 dias nas demissões dos funcionários aposentados. Por outro lado, os funcionários não entrarão na Justiça do Trabalho contra o Grupo. Isso foi uma vitória dos políticos e do Sindicato Médico, ao adiarem, por 45 dias, as demissões no Hospital Nossa Senhora da Conceição, Fêmina, Cristo Redentor e Hospital da Criança Conceição.
Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h02min.)
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